James Allison revela pontos fracos do W14

James Allison

Em seu retorno como diretor técnico da Mercedes, James Allison, destacou o que ele acredita precisar melhorar no W14 e explicou por que ele voltou à F1.

Allison tinha deixado o cargo de diretor técnico em 2021 como parte de uma remodelação da Mercedes, mas, como os carros de 2022 a 2023 não são bons o suficiente para desafiar a Red Bull, também surgiram os rumores de que Allison voltaria em uma posição mais prática, num papel para tentar ajudar a mudar a sorte dos Prateados.

Agora, uma outra revisão interna liderada por Mike Elliott levou as duas figuras-chaves a trocar de papéis. Elliott torna-se chefe técnico com Allison assumindo seu lugar como diretor técnico mais uma vez.

Falando no podcast F1 Nation, Allison explicou por que as mudanças foram feitas agora e se ele precisou ser convencido para retornar ao que é um papel muito exigente dentro dos Prateados.

“Estava com saudades!” disse Allison.

“Não precisei ser convencido, nós apenas examinamos um pouco nossos próprios umbigos aqui em Brackley, e entre Mike e eu concluímos que nós dois podemos cobrir o terreno razoavelmente bem.”

“Mas talvez eu fosse mais adequado para o combate de curto prazo de um campeonato com um carro e que ele fosse o melhor jogador de xadrez de nós dois e ele seria mais adequado para fazer o trabalho que eu estava fazendo como CTO anteriormente.

“O próprio Mike chegou à conclusão de que a maneira como ele aborda as coisas e suas habilidades serão mais bem utilizadas no desenvolvimento da organização para o futuro: das capacidades técnicas às capacidades humanas, e na montagem de uma estrutura que pode ser bem sucedida por muitos anos ainda. Estamos vendo mudanças enormes no desenvolvimento técnico, na inteligência artificial e na aprendizagem de máquinas. E, ao mesmo tempo, é um olhar sobre como uma equipe moderna de Fórmula 1 será estruturada.”

“Nós conversamos e criamos algo que achamos que é uma máquina de combate melhor no geral.”

Allison tinha deixado o cargo de diretor técnico para passar mais tempo em casa e explicou as circunstâncias dolorosas que levaram a essa decisão.

“Muito disso remonta à sombra muito, muito longa e trágica projetada pela morte de minha esposa e, alguns anos depois, tive a sorte de conhecer outra pessoa que, na época, morava na França e trabalhava na França. E viveu toda a sua vida na França nos últimos 20 anos.”

“E quando ela gentilmente, alguns diriam tolamente, concordou que morássemos juntos, ela desistiu de muita coisa.”

“Foi um pouco injusto, do meu ponto de vista, apenas agradecê-la por ter vindo para a Inglaterra e dizer, ‘vejo você cinco minutos por semana!’

“O afastamento do cargo de diretor técnico da linha de frente permitiu algum espaço para nosso relacionamento florescer de uma forma que teria sido difícil antes, mas isso foi há mais de dois anos desde que Clemmie se mudou e, e ela tem raízes neste país agora fazendo as coisas dela que não depende da minha cara!”

“Portanto, é muito mais crível, muito mais possível fazer isso agora do que era dois anos e pouco atrás.”

A influência total de Allison no carro da Mercedes F1 não será sentida novamente até o próximo ano, mas ele está mudando bastante o W14, que é a tela inicial com a qual ele já está trabalhando nesta temporada.

Questionado sobre quais são os pontos fortes e fracos do W14, Allison respondeu: Bem, é confiável. Então essa é uma força definitiva.”

“Tem uma dupla de pilotos espetacular em Lewis Hamilton e George Russell.”

“É melhor do que a maior parte do grid, mas até que seja o mais rápido, sempre parecerá um carro fraco para todos nós.”

“É adequado para os pneus, mas não tão bom quanto alguns dos carros que fizemos no passado.”

“Ele tem mais downforce do que a maioria dos carros do grid, mas não o suficiente.”

“Suas características de direção – para os pilotos – deixam um pouco a desejar e precisam ser trabalhadas, com certeza. Mas, você sabe, nada disso é revelador.”

“Temos conversado sobre isso na maioria dos fins de semana e é parte do que esta equipe precisa abordar para obter o material vencedor de volta em nossas mãos.”