Indy – Mudanças tecnológicas mexerão com estratégia de corrida

sexta-feira, 23 de março de 2012 às 17:19

153495 227407 castroneves11springtraining12 web As novidades técnicas mais profundas para a nova temporada da Fórmula Indy se escondem na parte traseira dos novos Dallara DW12. Além da nova configuração e da entrada de novos fabricantes de motores, os carros trazem novidades invisíveis ao olho do público, mas extremamente importantes para engenheiros e equipes na hora de calcular as estratégias de corrida.

Honda, Chevrolet e Lotus fornecem às suas respectivas equipes clientes os motores V6 de 2,2 litros turboalimentados. A potência estimada para o Grande Prêmio de St. Petesburg, neste final de semana (com transmissão ao vivo pela Band para todo o Brasil, a partir das 14 horas de Brasília), é estimada em 660 cavalos no circuito de 2,89 quilômetros de extensão. Além disso, a importância do primeiro treino livre, programado para esta sexta-feira (23), será maior do que no restante da temporada em virtude de dois fatores que já fazem os engenheiros da equipe se debruçarem sobre suas calculadoras e computadores: o consumo e a nova composição do combustível, e o tamanho do tanque.

Os antigos Dallara equipados com os Honda V8 3,5 litros aspirados tinham tanque com capacidade para 83 litros do etanol E98 (98% etanol e 2% gasolina especial de corrida). Agora, o combustível é o E85 (85% etanol e 15% de gasolina especial de corrida), e os tanques têm capacidade para 70 litros, devido às novas configurações do chassi.

“Normalmente, antes do final de semana de corrida nós traçamos um plano com o número de pit stops, jogos de pneus novos e estimativas de bandeiras amarelas”, destaca Mike O’Gara, engenheiro da equipe Sarah Fisher Hartman Racing. Entretanto, O’Gara espera da Honda o mapa do consumo de combustível para desenvolver a estratégia de corrida do final de semana.

O mapa de combustível é desenhado pela unidade eletrônica de controle do motor, que recebe informações de sensores, gerando um gráfico imaginário. O computador é programado para “dizer” aos injetores de combustível o que fazer em determinado ponto do mapa. “Ainda não temos uma visão clara em que tipo de economia de combustível teremos. Vamos nos ajustando no decorrer do fim de semana, e vai depender muito da quantidade de bandeiras amarelas que poderemos ter na corrida”, disse. “Ficamos muito acostumados nos últimos anos porque sabíamos exatamente o que esperar. Agora começamos do zero, então teremos de ver como as coisas irão funcionar”, analisou.

As três fornecedoras de motor já possuem este mapa, desenvolvido durante testes de dinamômetro. As informações, entretanto, deverão ser validadas na prática durante o primeiro treino livre, programado para as 12h50 (de Brasília) desta sexta-feira (23).

Os testes da última semana mostraram que o consumo já é bem menor do que no ano passado, com os antigos motores.

EB – www.autoracing.com.br

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