Horner reclama do atual formato das corridas curtas

domingo, 22 de outubro de 2023 às 11:00

Christian Horner – Red Bull

O chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, afirma que o formato de corrida curta da Fórmula 1 pode ser melhorado adicionando “mais riscos a ele”.

Pela primeira vez, o Circuito das Américas foi palco de uma corrida curta. Mas provou ser um assunto monótono, com apenas quatro pilotos permanecendo dentro do alcance do DRS de outro carro ao final de 19 voltas.

O formato foi introduzido em 2021 como um meio de apimentar fins de semana de Grande Prêmio selecionados, com ajustes substanciais feitos nos anos seguintes. Este ano, o número de GPs a utilizar o evento aumentou de três para seis, com uma sessão de classificação separada – intitulada tiroteio – definindo o grid.

Além disso, também foram atribuídos pontos além dos três primeiros para garantir que os oito primeiros pilotos pontuassem, variando de oito pontos para o vencedor a um ponto para o oitavo.

No entanto, Horner acredita que colocar ainda mais pontos em oferta ou reverter o grid seria uma forma de evitar o tipo de encontro mundano que aconteceu em Austin.

“Acho que você precisa adicionar um pouco mais de risco a isso”, disse Horner ao site Autosport. “Se você reverter o top 10 ou algo assim, mas então você tem que adicionar pontos suficientes para fazer valer a pena os pilotos realmente tentarem”.

Os comentários de Horner vieram apesar da Red Bull manter seu recorde impecável nas corridas curtas deste ano, com Max Verstappen dominando desde a pole para vencer Lewis Hamilton por 9s5. O chefe da equipe Red Bull insiste que o esporte deve estar aberto a fazer mudanças para melhorar o espetáculo geral.

“Ainda não parece… (especialmente quando) você vence uma corrida curta”, observou Horner. “Obviamente, isso não significa tanto quanto um Grande Prêmio, mas penso que estamos num processo em que precisamos estar abertos à mudança e à evolução”.

“Acho que o conceito é bom, mas acho que a execução: podemos fazer um trabalho melhor para torná-lo mais emocionante para o espectador”, explicou Horner, que negou que a configuração de corrida curta deva ser totalmente abandonada, insistindo que a ideia continua sendo “boa” e precisa ser puramente refinada em certas áreas.

“Acho que o conceito ainda é bom, só acho que a execução dele, acho que é uma oportunidade de fazer algo um pouco diferente”, acrescentou. “Acho que ainda há mais que podemos fazer. Não sei, é preciso pensar um pouco para ajustá-lo”.

As críticas de Horner ecoam no chefe do COTA, Bobby Epstein, admitindo antes da corrida de sábado que a inclusão do novo formato não impulsionou as vendas de ingressos como esperado no local.

EB - www.autoracing.com.br

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