Horner questiona decisão “severa” de demitir Masi

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022 às 10:12

Christian Horner e Michael Masi

Christian Horner, chefe da Red Bull, sente que houve pressão demais para remover Michael Masi do cargo de diretor de prova na temporada 2022 da Fórmula 1.

A FIA anunciou na semana passada que Masi foi substituído por dois novos diretores – Niels Wittich e Eduardo Freitas – que irão dividir as responsabilidades em finais de semana alternados.

Masi perdeu seu emprego após o controverso GP de Abu Dhabi de 2021, no qual suas decisões no final da corrida – especificamente no período de safety car – tiveram um impacto direto no resultado do campeonato.

Um dos amigos próximos de Masi revelou recentemente que ele teve alguns meses “tortuosos” depois de Abu Dhabi, e Horner simpatizou com o australiano, apontando a relativa falta de recursos durante seu período na função.

“É difícil. É uma responsabilidade da FIA. Eu acredito que foi severo; acho que ele estava em uma posição muito difícil no ano passado”, disse Horner ao talkSPORT. “Quando você olha o que ele tinha à sua disposição em termos de recursos comparado ao que as equipes têm, é uma diferença enorme”.

“É bom ouvir que eles trarão coisas como o equipamento de VAR e um dos caras mais experientes, Herbie Blash. Eu só acho que houve pressão demais para a remoção de Michael e isso não foi certo. É minha opinião pessoal”.

Horner também argumentou que houve “alguma dissimulação cercando a controvérsia”, deixando claro sua crença de que a Red Bull foi melhor que a Mercedes ao longo da temporada 2021 e na corrida final.

“Foi um período intenso. Você tem de analisar as 22 provas da temporada. Tivemos muitas decisões contra nós anteriormente no ano, punições que não foram aplicadas e assim por diante. Nós tivemos um pouco de sorte no fim e às vezes isso acontece no esporte; nada acaba antes da bandeira quadriculada”.

“Taticamente, nós fomos afiados. Quando a batida (de Nicholas Latifi) aconteceu a cinco voltas do final, nós reagimos imediatamente. Mandamos Max entrar para trocar os pneus, enquanto a Mercedes deixou Lewis na pista com pneus de 44 voltas no fim de sua vida”.

“Max tinha de fazer a ultrapassagem na última volta, o que ele conseguiu. Tem havido alguma dissimulação cercando a controvérsia. A conclusão é que nós acertamos taticamente. Max realizou a manobra e se tornou campeão mundial”.

LS - www.autoracing.com.br

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