Horner “preocupado” com problemas no motor Honda

segunda-feira, 28 de março de 2022 às 9:48

AlphaTauri

Apesar da Red Bull sair da Arábia Saudita com a euforia da vitória, Christian Horner, chefe da equipe, ainda tem algumas razões para se preocupar.

Imediatamente antes do início da prova, Yuki Tsunoda, da AlphaTauri, parou na pista relatando problemas de motor. Já é a segunda UP do japonês na temporada, pois sua primeira unidade apresentou um problema durante os treinos de sexta-feira.

Além disso, Pierre Gasly também ficou parado na pista durante o TL3 e recebeu sua segunda UP da temporada depois de um incêndio catastrófico no GP do Bahrain.

“É claro que nós estamos preocupados com isso”, disse Horner à mídia ao ser questionado sobre os problemas. “Mas eu acho que primeiro nós temos de compreender o que é. Quando tudo for desmontado e nós entendermos qual é o problema, poderemos ter soluções”.

Tsunoda nem sequer conseguiu completar sua volta de reconhecimento e chegar ao grid após sair da garagem. Franz Tost, chefe da AlphaTauri, explicou o problema.

“A pressão do óleo caiu e nós decidimos parar”, declarou Tost ao racingnews365.com. “Nós ainda não sabemos se podemos usar novamente aquele motor ou exatamente o que quebrou – precisamos investigar”.

Com a Red Bull aparentemente não encontrando nenhum problema similar com os motores, já que seus abandonos no Bahrain foram ligados ao sistema de combustível, Tost está ansioso por uma explicação.

“Eu quero descobrir a razão pela qual nós estamos com dificuldades de confiabilidade, já que a Red Bull não está tendo nenhum problema”, acrescentou ele.

Gasly teve um abandono dramático no Bahrain, parando no circuito com a traseira de seu AT03 em chamas.

Os danos no carro impediram que todos os componentes da UP continuassem sendo usados, e suspeita-se que a causa do incêndio está ligada ao Armazenamento de Energia (bateria).

Os pilotos podem utilizar apenas dois desses componentes na temporada, e com Gasly já em seu segundo, ele levará uma punição no grid quando eventualmente precisar de outro.

Para piorar, a equipe ficará algum tempo sem respostas. O componente elétrico não pode ser enviado de avião para o Japão, apenas de navio. Ele precisa ser colocado em uma embalagem especial a fim de garantir a segurança da embarcação.

Incêndios em baterias elétricas não podem ser apagados devido ao que é conhecido como “fuga térmica”, significando que a energia dentro da bateria, esteja ela cheia ou vazia, escapa de modo descontrolado.

O calor e os gases alimentam temperaturas mais altas, o que provoca mais emissão de gasees, criando um ciclo que torna um incêndio impossível de ser apagado – ele pode ser apenas controlado.

“A bateria ainda está a caminho do Japão porque não pode ir de avião”, explicou Tost. “Ela precisa ser colocada em uma caixa d’água selada e agora está no navio. Nós temos de aguardar eles investigarem o que está acontecendo”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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