Horner: Novas conversas com a Honda são “lógicas”

quarta-feira, 21 de setembro de 2022 às 10:55

Masashi Yamamoto e Christian Horner

As conversas sobre retomar um relacionamento mais próximo com a Honda são um passo “lógico e interessante” para a Red Bull, admite Christian Horner.

Com o colapso das negociações da Red Bull com a Porsche, Helmut Marko disse que viajaria para o Japão em breve para novas conversas com a Honda.

A montadora japonesa saiu oficialmente da Fórmula 1 no final do ano passado, mas as unidades de potência da Red Bull Powertrains de 2022 ainda são baseadas na infraestrutura da Honda.

Enquanto isso, a Red Bull vem trabalhando em sua própria operação de motores.

“Quando a Honda anunciou sua saída da F1, nós mudamos nossa atitude e decidimos construir motores sozinhos”, disse Horner à Speed Week.

“Isso estava associado a um risco claro, então uma parceria com uma companhia fantástica como a Porsche foi considerada. Teria feito todo o sentido”.

“Mas ao mesmo tempo, nós conseguimos atrair engenheiros altamente qualificados que estão entre os melhores da F1 para nosso projeto de motor. Estabelecemos a fábrica em 55 semanas e já temos nosso primeiro V6 na bancada de testes”.

“Nós o desenvolvemos inteiramente sozinhos”, insistiu ele. “Acreditamos que temos a habilidade para seguir nosso próprio caminho”.

Segundo Horner, uma independência total como a da Ferrari agora está no DNA da Red Bull, insistindo que uma colaboração com a Porsche precisaria ter “respeitado esses princípios”.

“A Porsche poderia ter feito sentido, mas teria mudado significativamente a identidade e a integridade da nossa equipe”, acrescentou ele.

“No futuro, nós seremos a única equipe além da Ferrari que constrói o carro e o motor no mesmo local. É o próximo capítulo de nossa história na F1”.

E Horner não está descartando um cenário onde as conversas de Marko com a Honda resultem em um novo acordo.

“Com as novas regras para 2026, é uma situação completamente nova”, disse ele.

“A Honda justificou sua saída pelo foco na eletrificação dos carros de produção, mas com o novo regulamento e a divisão de 50% entre motores de combustão e elétrico, há uma nova situação interessante”.

“Seria lógico e interessante discutir essa nova situação com a Honda, mas não é uma urgência”, finalizou Horner.

 

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