Horner: Motor independente é “crucial” para a Formula 1

quinta-feira, 5 de novembro de 2015 às 10:27

Toro Rosso e Red Bull

Christian Horner acredita que a crise de motor que Red Bull e Toro Rosso estão enfrentando reforça a necessidade de uma fabricante independente na Fórmula 1.

“É crucial, porque estamos demonstrando claramente que não há regulamento que obrigue as fabricantes de motores a fornecerem, muito menos a um preço competitivo”, declarou Horner. “Portanto, um motor independente é uma solução lógica para o futuro da Fórmula 1”.

“Se você não conseguir motores em outro lugar, não pode correr, então é importante ter um motor competitivo e econômico, e se não pode ser o atual, precisa ser outro. Jean Todt (presidente da FIA) vem encarando a situação muito seriamente, e ele disse claramente quais são seus planos”.

A preocupação é que, mesmo com Todt e Bernie Ecclestone unindo forças na próxima reunião do Grupo de Estratégia para aprovar o prospecto de um motor independente, o plano não vai superar o próximo obstáculo, a Comissão da Fórmula 1.

Horner sente que, se as outras equipes forem sensatas, elas também votarão a favor, considerando que poderão economizar entre 12 e 14 milhões de euros por ano.

“Tenho certeza que, se houver boa vontade suficiente, e muitas equipes estão tendo problemas financeiros – economizar 20 milhões em seu orçamento de motor/chassi é algo lógico”, acrescentou Horner.

Quando foi sugerido a Horner que a maioria das equipes clientes possui contratos de fornecimento com as montadoras, ele respondeu: “Talvez elas não estejam aqui em 2017 se os preços atuais se mantiverem”.

“Essa é uma decisão para as equipes tomarem individualmente. Mas quando elas estão reclamando dos custos e é a primeira proposta concreta que oferece uma redução significativa, eu ficaria chocado se elas não aproveitassem”.

No que diz respeito a Horner, qualquer motor independente precisa ser competitivo o suficiente para competir contra os atuais V6 turbo de 1.6 litro.

“Jean tem dois problemas: um é o custo do fornecimento e o outro é a disposição para fornecer. Dentro do regulamento atual, você não pode forçar as montadoras a fornecerem, portanto tem de haver uma alternativa, mas ela também precisa ser competitiva”.

Quanto à possibilidade da Red Bull ficar um ano fora e retornar em 2017 se um motor independente estiver disponível, Horner disse: “Isso seria incrivelmente improvável”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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