Horner explica por que a Red Bull é tão impopular na F1

Christian Horner

Christian Horner acredita que parte da rejeição à Red Bull vem diretamente do sucesso da equipe. Para ele, a Fórmula 1 costuma virar as costas a quem vence demais – e a Red Bull, que dominou a categoria por longos períodos, paga o preço.

“A melhor maneira de se tornar impopular é vencer”, disparou o chefe da equipe de Milton Keynes. “E nós fizemos isso bastante desde que chegamos em 2005”.

Desde então, foram 124 vitórias, seis títulos de construtores e oito campeonatos de pilotos – números que colocam a Red Bull como a equipe mais vitoriosa do século XXI.

Sede britânica, mas vaiada em casa

Apesar de ser uma equipe sediada no Reino Unido, a Red Bull não é tratada como “da casa”. Um exemplo claro foi o evento de lançamento da temporada 2025, na O2 Arena em Londres, onde Horner foi vaiado ao subir no palco.

Enquanto equipes como Mercedes e McLaren e pilotos britânicos como Lewis Hamilton e Lando Norris eram ovacionados, Horner sentiu na pele a hostilidade do público, mesmo sendo britânico.

A rivalidade com britânicos pesa

Na visão de Horner, a impopularidade da Red Bull também está ligada às derrotas impostas a pilotos do Reino Unido.

No primeiro ciclo de domínio, entre 2010 e 2013, Sebastian Vettel superou nomes como Jenson Button e Lewis Hamilton. Já na era atual, Max Verstappen tem batido sistematicamente os britânicos em praticamente todos os cenários.

Essa rivalidade direta com os ídolos locais seria, segundo ele, um fator relevante para a rejeição.

O peso das redes sociais

Outro elemento apontado por Horner é a cultura tóxica nas redes. Segundo ele, os chamados “guerreiros do teclado” espalham ódio e criam uma imagem distorcida da equipe. Mesmo assim, Horner afirma que não muda sua forma de trabalhar.

“Sempre operei do meu jeito. Espero 100% da equipe e dou 100%. Isso nem sempre agrada, mas é quem eu sou”, explicou ele. “Inevitavelmente, você não vai agradar a todos”.