Horner deixa o cargo, mas não a Red Bull

sexta-feira, 11 de julho de 2025 às 14:28

Red Bull testa carro mula

A Red Bull surpreendeu o paddock da Fórmula 1 no início desta semana ao anunciar que Christian Horner não é mais o chefe de equipe. O comunicado foi feito diante dos funcionários na sede da equipe em Milton Keynes, encerrando oficialmente sua gestão à frente da operação.

Em sua despedida, Horner fez questão de deixar claro que continua vinculado à empresa, embora fora do comando direto.

“Continuarei empregado pela empresa, mas, operacionalmente, não serei mais o chefe da equipe”, afirmou o britânico de 51 anos.

Laurent Mekies assume a liderança na Red Bull

Poucas horas depois, a Red Bull oficializou Laurent Mekies como novo chefe de equipe. O francês chega após 18 meses no comando da Racing Bulls e assume com a responsabilidade de conduzir uma nova fase na equipe principal.

Apesar da troca de comando, a permanência contratual de Horner gerou questionamentos. Muitos se perguntaram: mesmo sem liderar, ele poderia voltar em outra função?

Por que Horner segue como funcionário da Red Bull?

A resposta envolve mais do que funções operacionais. Horner ainda possui anos de contrato em vigor com a Red Bull. Por isso, foi colocado oficialmente em licença remunerada — ou seja, não atua, mas continua na folha de pagamento.

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Encerrar esse vínculo exige mais do que um simples desligamento. Além de ser o dirigente mais bem pago da equipe, junto com Max Verstappen, Horner acumula uma trajetória histórica. Em seus anos à frente da Red Bull, conquistou:

 8 títulos mundiais de pilotos

6 campeonatos de construtores

124 vitórias em Grandes Prêmios

Esse currículo faz com que qualquer saída envolva cláusulas contratuais pesadas, sigilo de informações e indenizações milionárias. A equipe busca um novo rumo, mas precisa negociar com cuidado para evitar um litígio.

Negociações travam a rescisão contratual

No momento, não há função definida para Horner dentro da estrutura da Red Bull. Mesmo assim, a equipe optou por não encerrar o vínculo de forma imediata. A razão principal está no custo de uma rescisão antecipada.

Além disso, Horner pode agir por conta própria. Ele tem direito, por exemplo, de solicitar a redução do período de quarentena contratual, o que abriria caminho para que se transferisse rapidamente para outra equipe. Caso isso ocorra, a indenização por parte da Red Bull seria bem menor — ou até nula.

Enquanto isso, Horner segue sendo pago

Até que ambas as partes cheguem a um acordo, Horner continuará recebendo conforme os termos originais de seu contrato. A equipe, por sua vez, busca proteger seus interesses enquanto reorganiza sua liderança.

Esse impasse vai além da gestão esportiva. Envolve reputação, bastidores políticos e, principalmente, milhões em jogo. A saída de um dos chefes mais bem-sucedidos da história da Fórmula 1 não será simples — nem barata.

AS - www.autoracing.com.br

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