Honda explica sua meta para o motor de 2022

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022 às 9:11

Toyoharu Tanabe, Masashi Yamamoto, Max Verstappen e Christian Horner

Max Verstappen entrará na nova temporada visando defender seu campeonato mundial com uma UP amplamente similar à que lhe deu o título de 2021.

Essa é a informação de Masashi Yamamoto, chefe da Honda – que ainda está construindo motores para a Red Bull em 2022 apesar de ter saído oficialmente da Fórmula 1.

Porém, esses motores não serão particularmente diferentes da versão do ano passado. As únicas alterações significativas serão feitas por conta da mudança obrigatória para o combustível E10, com o nível de etanol aumentando para 10%.

“O regulamento nos permite renovar tudo, mas nós vamos usar as boas partes do ano passado. Temos de mudar as coisas devido ao combustível E10, então faremos isso”, explicou Yamamoto ao racingnews365.com.

O envolvimento da Honda na pesquisa e desenvolvimento do processo de fabricação da UP diminuirá significativamente, com a F1 introduzindo um congelamento dos motores a partir de 2022.

Tendo inicialmente fechado um acordo para vender a propriedade intelectual de seu programa de motor para a nova divisão Red Bull Powertrains, a Honda continuará nos bastidores até 2025 e fabricará os motores para a Red Bull nesta temporada.

Ainda não está claro qual será o nome oficial dessas UPs quando os carros entrarem na pista no próximo mês ou se haverá alguma indicação externa do envolvimento da Honda.

A parceria entre Honda e Red Bull segue em ótimos termos, portanto Yamamoto disse que as discussões ainda estão em andamento.

“Isso ainda não foi decidido, então vamos esperar para ver”, afirmou ele. “Leva tempo para tomar uma decisão assim. Nós estamos discutindo se deve haver algo relacionado à Honda no carro ou não”.

Depois de alguns anos complicados no começo da era híbrida, quando a Honda enfrentou dificuldades de potência e confiabilidade na McLaren, seu programa de motor só deu um salto significativo com a mudança para a Red Bull.

Pontos se tornaram pódios, pódios se tornaram vitórias e vitórias eventualmente trouxeram o sucesso no campeonato. Porém, o envolvimento oficial da Honda chegou ao fim exatamente no auge.

É uma situação parecida com 2008, quando a Honda abandonou a F1 como equipe de fábrica. Apenas alguns meses depois, o carro de 2009 da Brawn GP – que havia sido o projeto da Honda – dominou a temporada e conquistou ambos os títulos.

Quando lhe disseram que a companhia mãe da Honda não está mais disposta a correr riscos, Yamamoto discordou.

“Nós corremos riscos, mas a base são as corridas; não podemos correr sem estabilidade nos negócios”, disse ele. “Então, talvez seja alguma coisa que aconteceu desta vez. O momento em que essa decisão foi tomada foi muito ruim”.

LS - www.autoracing.com.br

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