Honda quer voltar a trabalhar com Verstappen no futuro

Red Bull-Honda

Com a saída da Honda da Red Bull no fim da temporada, Max Verstappen terá de disputar o campeonato de pilotos sem o apoio da marca japonesa pela primeira vez em sua carreira.

A fabricante, por sua vez, se tornará parceira oficial da Aston Martin. Assim, o holandês passará a correr com o motor desenvolvido pela própria equipe.

Essa mudança representa um capítulo inédito para o piloto de 27 anos. Até agora, todas as suas quatro conquistas de campeonato aconteceram com potência Honda. Portanto, a transição promete ser desafiadora e carregada de expectativas.

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Watanabe abre portas para reencontro

Durante entrevista ao racingnews365.com, o presidente da Honda Racing Corporation, Koji Watanabe, deixou claro que gostaria de trabalhar novamente com Verstappen no futuro. Dessa forma, ele alimenta especulações sobre um possível reencontro.

“Se tivermos a oportunidade, seria uma reunião muito empolgante. Temos enorme respeito pelo talento e pela paixão de Max”, afirmou o dirigente japonês.

Além disso, o comentário reforça rumores sobre uma eventual mudança de Verstappen para a Aston Martin. Nesse cenário, ele se uniria não apenas à Honda, mas também ao lendário projetista Adrian Newey, que vem sendo constantemente ligado à equipe de Silverstone.

De GP2 a potência vencedora

A trajetória da Honda na Fórmula 1, no entanto, não foi simples. Quando retornou ao grid em parceria com a McLaren, os resultados ficaram muito aquém do esperado.

Na ocasião, Fernando Alonso chegou a rotular o motor como “GP2 engine” durante o GP do Japão, o que transformou o episódio em uma das maiores vergonhas da história da fabricante.

Com o passar do tempo, entretanto, a situação mudou radicalmente. O papel de Verstappen nessa virada foi essencial. Segundo Watanabe, o holandês ajudou a transformar a unidade de potência em referência no grid.

“Ele possui sensibilidade única para o motor e para o carro. Além disso, sua precisão no feedback foi decisiva para o desenvolvimento do projeto”, destacou o dirigente.

Memórias marcantes da parceria

A colaboração entre Honda e Red Bull começou em 2018, quando a então Toro Rosso (atualmente Racing Bulls) recebeu os motores japoneses.

Logo depois, em 2019, a Red Bull passou a usufruir do mesmo pacote técnico e os frutos surgiram rapidamente. O momento mais marcante para Watanabe aconteceu no GP da Áustria daquele ano, diante da torcida da equipe.

“Jamais esquecerei o instante em que Max apontou para o logo da Honda no macacão, no topo do pódio. Foi emocionante”, recordou.

Contudo, o ápice da parceria aconteceu em 2021, quando Verstappen venceu de forma dramática o GP de Abu Dhabi e conquistou seu primeiro título mundial. Para Watanabe, esse triunfo coroou de maneira definitiva a união entre piloto, equipe e fabricante.