Honda considerou sair da F1 antes: “Pela primeira vez não havia esperança”

Red Bull-Honda

A Honda encerrou a sua era na Fórmula 1 em alta. Após um período difícil como fornecedora de motores da McLaren, a fabricante japonesa entrou numa parceria com a Red Bull Racing, que acabou por resultar no título de Max Verstappen.

O diretor técnico Toyoharu Tanabe falou sobre o período difícil em que as vitórias pareciam mais distantes do que nunca. A Honda, como fornecedora de motores da McLaren, lutou com sérios problemas de confiabilidade, causando às vezes que a unidade de potência durasse apenas dois fins de semana.

Após o último ano na McLaren, Tanabe foi nomeado diretor técnico da Honda F1. Ele viu os anos anteriores com pesar. “Foi muito difícil”, explicou ele ao site The Race. “Percebi que era muito difícil alcançar uma vitória, mas as pessoas trabalharam muito para que esse desejo se tornasse realidade”.

As grandes ambições da Honda quando se trata de automobilismo tornaram esse período ainda mais difícil. “Se a Honda participa numa categoria, temos que ganhar. Esse é o espírito da Honda”, afirmou Tanabe.

Essas vitórias demoraram muito tempo, resultando num período negro para a ambiciosa fabricante. “Não se vê luz nenhuma, apenas trabalho, trabalho, trabalho – falha, falta de potência”, resumiu Tanabe.

Masashi Yamamoto concordou com as suas palavras e admitiu que Honda atingiu um ponto baixo em McLaren, após o que considerou deixar a Fórmula 1. “Foi a primeira vez que realmente não senti nenhuma esperança para o futuro”, disse o diretor-geral da Honda F1.

De acordo com Yamamoto, vários membros da direção queriam desistir nessa época. Todos se perguntavam se iriam continuar e não podiam imaginar competir por um campeonato.

Essas esperanças foram restauradas quando a Honda uniu forças com a Red Bull Racing e também com a Toro Rosso. “Estávamos começando do zero. Foi um reinício e precisávamos dele”, concluiu o chefe da Honda.