Hill: a F1 não pode ficar indiferente ao povo do Bahrain

sábado, 7 de abril de 2012 às 12:35

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A F1 corre o risco de danificar a sua reputação caso siga agindo de forma indiferente à crescente tensão política no Bahrain, que dentro de duas semanas receberá a quarta etapa da temporada 2012. Essa é a opinião de Damon Hill, campeão como piloto em 1996, que teme a onda de protestos no país do Oriente Médio.

“Eu acho que no momento a situação está esquentando, o que não é bom para quem quer ir ao Bahrain”, disse Hill à Rádio BBC 4. “Temos o presidente dos direitos humanos Abdulhadi Alkhawaja em uma situação difícil (greve de fome), a duas semanas do GP. É uma situação complicada e a minha preocupação é que a F1 seja classificada como indiferente, o que seria muito prejudicial para ela”.

A condição de saúde de Alkhawaja tornou-se um foco de ativistas no Bahrain, com a mídia divulgando que a polícia teve que usar gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes em Manama, na noite de sexta-feira. Mary Lawlor, diretora do grupo de direitos humanos de AlKhawaja, acredita que a F1 não pode ficar isolada da situação.

“Se Abdulhadi Alkhawaja morrer até o GP, irá aumentar a instabilidade e a insegurança”, explicou. “As autoridades do Bahrain claramente querem apresentar uma imagem natural, mas a sua aparente indiferença ao sofrimento de Abdulhadi corre o risco de acarretar consequências trágicas para o Bahrain”.

Nabeel Rajab, o atual presidente do Centro do Bahrain para os Direitos Humanos, também se manifestou contra as sugestões de que o GP iria unir o país. “É um ditador que está dizendo isso, e não o povo. Ele quer dizer ao mundo que a situação está de volta ao normal, e a F1 não deve compactuar com isso”, concluiu.

EB – www.autoracing.com.br

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