Hélio Castroneves detona pilotos da F1

quarta-feira, 29 de maio de 2013 às 17:49
Helio Castroneves

Helio Castroneves

Hélio Castroneves, piloto da Penske na Formula Indy, deu na semana passada uma entrevista a uma das revistas de negócios mais importantes do mundo, e criticou duramente a categoria máxima do automobilismo mundial e os pilotos atuais. Confira a parte da entrevista onde o tricampeão da Indy 500, entre outras coisas, admite respeitar apenas cinco pilotos da categoria.

Repórter: Então, neste final de semana temos a Indy 500 e o GP de Monte Carlo de F1. Porque a F1 não consegue ter o sucesso que a F-Indy ou a Nascar têm nos Estados Unidos?

Hélio: “F1? É muita política. É tudo política.”

Repórter: Categorias como Nascar, Indy e Le Mans não têm política?

Hélio: “Bem, todos os esportes têm política, mas não é tanto. Na F1, eles não ligam se você é bom, não se importam se é uma boa pessoa. Parece um negócio de Hollywood e é exatamente o que é. Política é, com certeza, o maior problema da categoria. Hoje eu respeito apenas cinco pilotos que estão lá.”

Repórter: Quais são esses pilotos?

Hélio: “Acho que [Fernando] Alonso, Felipe Massa é um amigo meu, [Michael] Schumacher, mesmo se não corre mais. Diria Sebastian Vettel também e até Mark Webber é um bom piloto. Eu posso contar nos dedos o número de pilotos da F1 que respeito. O resto é um grupo de garotos mimados.”

Repórter: Mas as coisas não eram assim antes?


Hélio: “Não, não. Nos anos 90 era bem interessante. Hoje, se você não tem um bom carro, pode esquecer. Jenson Button ganhou um campeonato e hoje está lutando para chegar no Top 10. Agora você vem me dizer que ele esqueceu como se pilota? Isso foi de um ano para o outro. Impressionante! Esta é a minha opinião. Às vezes as pessoas dizem: ‘Ah, você só diz isso porque não teve uma chance’. Mas eu tive uma chance, e isso acabou me ensinando a respeitar muito mais o que o Roger [Penske, dono de sua equipe] fez comigo: lealdade e uma equipe incrível que eu nunca pensaria em deixar. Mas não tem como negar que eles fazem um ótimo trabalho. Eles têm muito dinheiro. Chegam a gastar mais de 100 milhões de dólares por ano. Com um orçamento desse, qualquer um pode fazer algo de fantástico.”

Helinho chegou a testar pela Toyota no final de 2002, adiando até uma renovação de contrato com a Penske para poder tentar uma vaga na F1. Mas a equipe nipônica acabou contratando Cristiano da Matta para a vaga e, segundo Helinho, a decisão teria sido tomada antes mesmo dele ter entrado na pista com o carro da montadora.

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