Haverá outro teste na Espanha com potencial de alterar as forças na Fórmula 1
quinta-feira, 29 de maio de 2025 às 13:20
Oscar Piastri
Além da nova diretiva em relação à menor flexibilidade da asa dianteira que entra em vigor no GP da Espanha deste domingo, a FIA parece pronta para testar uma solução de parafusos de aço – que prendem a prancha debaixo do carro – com as equipes também neste GP, em um esforço para mitigar os problemas enfrentados no GP do Japão nesta temporada, quando a grama ao lado da pista pegou fogo.
E, como não se trata de um incidente isolado, já que uma situação semelhante ocorreu no GP da China em 2024, o assunto merece a atenção da entidade reguladora.
Outro obstáculo na disputa pelo campeonato?
A F1 reintroduziu parafusos de titânio em 2015, já que as equipes passaram a usar tungstênio, o que por si só estava causando problemas devido ao seu peso. Esse material mais pesado, usado pelas equipes na época, era mais resistente ao desgaste, mas se tornou um problema considerável de segurança para outros pilotos quando os parafusos se desprendiam.
O problema atual do titânio são as faíscas produzidas quando os patins impactam a superfície da pista, já que as faíscas queimam mais quentes e por mais tempo do que outros materiais. É também a razão apontada para os problemas observados no Japão no início da temporada, com a grama sendo incendiada por faíscas vindas da parte inferior dos carros.
Acredita-se que, no teste deste fim de semana, durante os treinos livres, um piloto de cada equipe usará parafusos de aço, em vez dos tradicionais de titânio, para determinar se é uma opção viável no futuro, considerando que haverá um aumento de peso perceptível e provavelmente mais desgaste dos parafusos.
Claro que não houve apoio de todas as equipes sobre o assunto, uma vez que elas esperam que os diversos organizadores da corrida borrifem a grama com água ou retardante de chamas para evitar que a situação se repita, em vez de tentar encontrar uma alternativa técnica.
Altura do carro em relação ao solo
Isso se deve principalmente aos fatores de desempenho envolvidos, com algumas equipes potencialmente prejudicadas pelas alterações, pois precisarão aumentar a altura do carro para não ficarem sujeitas a qualquer desgaste adicional que os parafusos de aço possam sofrer.
Caso o teste seja bem-sucedido, espera-se que os parafusos de aço sejam usados em circuitos com grama ao lado da pista, incluindo Canadá, Áustria, Grã-Bretanha, Bélgica, Hungria, Holanda, Itália, EUA, México e Brasil. Em São Paulo e em Interlagos especialmente, há muita umidade, portanto, seria um preciosismo completamente desnecessário.
Enquanto isso, as equipes ainda poderão usar os patins de titânio no Azerbaijão, Cingapura, Las Vegas, Catar e Abu Dhabi.
Isso pode dar uma reviravolta intrigante no campeonato, considerando o quão baixo as equipes devem usar esta geração atual de carros e considerando que as perdas e ganhos de desempenho em todas as posições do grid serão diferentes para cada equipe.
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