Hamilton vê circuitos em cidades como o futuro da F1

sábado, 18 de fevereiro de 2017 às 9:21
Lewis Hamilton

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton acredita que a nova dona da Fórmula 1, a Liberty Media, precisa concentrar seus esforços em eventos baseados em cidades, se quiser expandir o calendário do esporte.

O calendário sofreu muitas mudanças ao longo dos últimos 15 anos, com uma dúzia de novas adições, embora vários eventos tenham lutado para atrair uma base de fãs, com alguns caindo rapidamente da lista, como os GPs da Turquia, Coréia e Índia.

O três vezes campeão mundial Hamilton considera que a F1 deve mudar sua abordagem em relação a novos eventos e espera que novas corridas aconteçam nos Estados Unidos. “Eu não sou necessariamente um grande fã de muitos dos novos circuitos que temos”, comentou ele em uma entrevista via Facebook.

“Alguns deles ficam muio longe de uma cidade. Quando vamos para a China, por exemplo, uma cidade tão grande, com tantas pessoas, é uma viagem tão boa. É uma ótima pista, mas não sei por que a construíram tão longe”, lamentou o piloto da Mercedes.

“Acho que o futuro são circuitos em cidades – é a minha crença. Espero que eles introduzam mais circuitos em cidades. Eu acho que Nova York seria incrível. Os Estados Unidos são uma grande parte do mundo e só temos um GP lá”, prosseguiu ele.

Hamilton também acredita que a Liberty Media precisa avaliar como tornar o esporte mais acessível aos fãs, citando a natureza transitória de um GP como um problema. “Acho que o maior problema com a F1 e o automobilismo é que é muito difícil de relacioná-los”, disse.

“Se você quer sentir o que é ser o (jogador de futebol Lionel) Messi, você pode ir até a loja, comprar uma bola, ir a um campo ou jogar em uma equipe. Você não pode fazer o que eu faço, você simplesmente não pode. Há apenas 22 de nós no mundo, não há nada que você possa fazer que seja perto do que eu faço”, comparou o inglês.

“É difícil para as pessoas até mesmo imaginarem como é a experiência, é difícil. Então nós temos essas únicas corridas nesses países, então (os fãs) têm que esperar um ano inteiro para ter essa experiência de novo. É como ter um concerto, você fica animado com isso, a emoção dura um tempo, e então você se esquece”, afirmou.

“Eu acho que (deve haver) pelo menos uma outra corrida lá (nos Estados Unidos), talvez. Nós temos algumas corridas em alguns lugares onde não há fãs, por que diabos temos uma corrida em alguns desses lugares?”, questionou o atual vice-campeão, sem citar nomes.

“São os fãs que fazem o evento, quando você vai para Silverstone é uma das maiores corridas do ano, porque está lotada – os fãs fazem isso, é um evento. Eu acho que precisamos estar em lugares onde há fãs reais que queiram ter uma corrida”, concluiu Hamilton.

EB - www.autoracing.com.br

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