Hamilton tenta revolucionar Ferrari nos bastidores

Lewis Hamilton – Spa 2025

Lewis Hamilton não está apenas pilotando para a Ferrari em 2025. Por trás das câmeras, o britânico vem liderando uma verdadeira reestruturação interna em Maranello. Mesmo sem resultados expressivos até agora, ele insiste que o trabalho que está fazendo fora das pistas é essencial para o futuro da equipe.

Por isso, Hamilton tem participado ativamente da operação técnica da Ferrari. Ele quer evitar repetir o caminho de outros campeões, como Fernando Alonso e Sebastian Vettel, que passaram pela equipe e saíram sem conquistar títulos. Segundo o próprio piloto, o esforço vai muito além do que a imprensa consegue relatar.

“Tenho feito um grande esforço. Me recuso a ser mais um piloto estrela que passou por aqui e não venceu o campeonato mundial”, afirmou à Sky Sports, antes do GP da Bélgica.

Relatórios, reuniões e cobranças em Maranello

Ao longo das últimas semanas, Hamilton intensificou sua presença na fábrica da Ferrari. Ele não apenas acompanhou análises pós-GP, mas também marcou reuniões com os principais nomes da equipe. Entre eles, estão o presidente John Elkann, o CEO Benedetto Vigna, o chefe Fred Vasseur e Loic Serra, diretor de desenvolvimento.

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Além disso, o britânico enviou três documentos detalhados à equipe. O primeiro, logo após as primeiras corridas do ano. Depois, durante a pausa do calendário, redigiu mais dois relatórios. Todos esses documentos trazem diagnósticos técnicos e sugestões para corrigir os problemas do SF-25.

“Chego e quero resolver esses problemas. Não só do carro atual, mas também pensando no futuro”, explicou.

Portanto, o envolvimento de Hamilton vai muito além do cockpit. Ele se comprometeu com o projeto Ferrari desde o primeiro dia, e agora tenta colocar em prática tudo o que aprendeu ao longo de sua carreira.

Olhar crítico sobre o presente, foco total no futuro

Apesar do desempenho abaixo do esperado, Hamilton acredita no potencial do projeto. Até aqui, ele não conquistou nenhum pódio em GPs aos domingos. O único momento de destaque veio na Sprint da China, onde largou na pole e venceu. No entanto, o britânico já testa conceitos para 2026 e discute diretamente com os engenheiros responsáveis por motor, suspensão e aerodinâmica.

“Algumas coisas precisam ser corrigidas para 2025. Outras, levaremos diretamente para o carro de 2026. Já comecei a trabalhar nesse modelo com os engenheiros”, revelou.

Ainda assim, ele sabe que precisa equilibrar presente e futuro. A temporada de estreia exige resultados, mas o verdadeiro plano de Hamilton é transformar a Ferrari em uma candidata consistente ao título.

Mudança de cultura dentro da Ferrari

Hamilton acredita que a Ferrari sofre com deficiências estruturais que comprometem seu desempenho. Por isso, além de propor mudanças técnicas, ele também questiona a forma como a equipe funciona internamente.

“É uma organização enorme, mas nem todas as partes operam com eficiência. Por isso, a equipe não vence com consistência”, afirmou.

Nesse sentido, ele está desafiando não apenas os engenheiros, mas também os líderes da equipe. Sua missão é provocar debates e gerar mudanças reais. Afinal, como ele mesmo diz, repetir fórmulas antigas não leva a resultados diferentes.

Experiência como arma para liderar mudanças

Aos 40 anos, Hamilton sabe que não tem mais uma década pela frente. Por outro lado, ele acumula experiência em duas das maiores equipes da Fórmula 1. Isso lhe dá autoridade para propor mudanças.

“Tenho sorte de ter vivido em outras duas grandes equipes. A cultura aqui é diferente, mas isso pode ser bom. Estou questionando certos processos, e a resposta da equipe tem sido positiva”, comentou.

A receptividade da Ferrari tem animado Hamilton. Embora ainda haja muito trabalho pela frente, ele acredita que está construindo as bases para um ciclo vitorioso. Desde a gestão de marketing até a organização técnica, tudo tem passado por revisão.

“Estou criando aliados dentro da equipe. Quero que todos lutem por vitórias, assim como eu. Não tenho o tempo de um Kimi Antonelli, que tem 18 anos. Meu momento é agora”, afirmou.

Um único objetivo: vencer com a Ferrari

Hamilton não esconde sua ambição. Ele quer vencer com a Ferrari e, mais do que isso, deixar um legado. Para ele, o desafio é claro: transformar o potencial da equipe em títulos reais. E o tempo é curto.

“Durante meu tempo aqui, meu único objetivo é vencer campeonatos. A Ferrari tem um legado incrível. Agora, é hora de retomarmos isso”, concluiu.

O que você acha da abordagem de Lewis Hamilton na Ferrari? Ele conseguirá mudar o rumo da equipe?