Vasseur: Postura “extrema” de Hamilton aumenta a pressão
quarta-feira, 20 de agosto de 2025 às 9:31
Lewis Hamilton e Frederic Vasseur
Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, afirmou que a postura “extrema” de Lewis Hamilton diante da mídia costuma intensificar os problemas da equipe sempre que a performance não aparece.
Durante o GP da Hungria, por exemplo, o heptacampeão mundial chamou atenção ao se definir como “absolutamente inútil” e até sugerir que a Ferrari precisava de um novo piloto.
Contudo, para Vasseur, essas declarações apenas aumentam a pressão sem necessidade. Segundo ele, Hamilton é muito autocrítico e por isso acaba sendo duro não apenas com o carro, mas também consigo mesmo.

Comparação com Leclerc mostra equilíbrio maior
Nos primeiros 14 GPs com a Ferrari, Hamilton ainda não conquistou um pódio, enquanto Charles Leclerc já somou cinco.
À primeira vista, a diferença parece significativa. Entretanto, Vasseur ressaltou que o desempenho real não está tão distante.
Ele citou como exemplo a classificação na Hungria, quando Hamilton ficou apenas um décimo atrás do piloto que mais tarde garantiu a pole position. Portanto, segundo o francês, não há motivo para pânico.
“É preciso manter a calma e valorizar o progresso já feito. Situações como a da Hungria não devem desanimar ninguém”, declarou à revista Auto Motor und Sport.
Reações fortes e impacto na mídia
De acordo com Vasseur, Hamilton tende a exagerar somente diante da imprensa. Assim que chega às reuniões técnicas, no entanto, o britânico costuma estar mais tranquilo.
“O problema é que a mensagem inicial cria narrativas negativas”, explicou. “Mas na realidade, eu não vejo isso como algo grave. Ele exige muito dos outros, mas também de si mesmo. E eu consigo lidar com esse perfil”.
Exemplo com Nico Hulkenberg
Para ilustrar, Vasseur comparou Hamilton a Nico Hulkenberg. Quando o alemão correu para ele na Fórmula 3, também cobrava bastante da equipe. Porém, ao mesmo tempo, mostrava dedicação máxima.
“Hulkenberg exigia muito, mas estava no box às 6h30 da manhã pronto para trabalhar. Hamilton segue uma linha parecida”, concluiu o chefe da Ferrari.
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