Hamilton: F1 se tornou “clube dos garotos bilionários”

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton não tem certeza se a geração atual de pilotos da Fórmula 1 é “ruim”.

Porém, ele acredita que a categoria está passando por uma era que pode ser chamada de “clube dos garotos bilionários”.

O heptacampeão mundial certamente está se referindo a Lance Stroll, Nicholas Latifi e Nikita Mazepin, mas também a Lando Norris, Mick Schumacher e outros – todos com pais milionários ou bilionários.

“Eu não sei se minha opinião importa muito ou se posso julgar se é uma geração boa ou ruim”, disse Hamilton ao diário esportivo espanhol AS. “No meu caso, cheguei com Nico (Rosberg) e Kubica. Alonso veio um pouco antes e houve a era Schumacher – sempre haverá uma era. Agora, nós vivemos em um momento no qual isso se tornou um clube dos garotos bilionários”.

“Se eu tivesse de começar do zero, vindo de uma família da classe trabalhadora, seria impossível para mim estar aqui hoje porque os outros garotos teriam muito mais dinheiro. Nós precisamos trabalhar para mudar isso e tornar o esporte acessível para pessoas de origens mais humildes”.

No último ano antes da estreia dos carros totalmente novos em 2022, Hamilton também parece não estar impressionado com a direção do regulamento da F1.

“Se você está na F1, tem de compreender a tecnologia, as complicações do teto orçamentário e como será difícil se desenvolver a partir de agora”, comentou o britânico. “Eu fiz um teste com os pneus de 18 polegadas para entender qual é a diferença – como isso me afetará como piloto. Os carros serão mais pesados e lentos, e isso me parece um passo para trás”.

“Nós deveríamos ser mais rápidos e eficientes – os carros mais leves eram melhores. Contudo, as pessoas no comando tomaram suas decisões e nós não podemos fazer nada em relação a isso”.