Hamilton critica circuitos modernos da F1
domingo, 2 de novembro de 2025 às 15:30O preço a pagar: a crítica aos circuitos atuais
Lewis Hamilton acredita que os circuitos modernos da Fórmula 1 não impõem aos pilotos uma ameaça de erro suficiente. O heptacampeão, veterano com 376 grands prix disputados, citou uma diferença crucial em relação ao passado. Primeiramente, pistas clássicas como Zandvoort, Silverstone e Suzuka oferecem áreas de escape limitadas, onde a grama e o cascalho punem severamente quem sai da trajetória.
Em contrapartida, os traçados mais novos, a exemplo de Austin, Catar e Abu Dhabi, usam largamente asfalto nas run-off areas (áreas de escape). Consequentemente, esses desenhos permitem aos pilotos se recuperarem sem danos, mesmo após um erro.
“A segurança nunca pode ir longe demais, mas as pistas são diferentes hoje do que eram nos anos 1990 e início dos anos 2000, quando as áreas de escape eram grama. Quando você forçava além do limite, havia um preço a pagar”, disse Hamilton à mídia.
O “preço a pagar” que Hamilton se refere é o risco de acabar no cascalho ou danificar o carro. Portanto, o piloto não gosta do cenário atual. “Hoje você pode sair da pista e voltar, então isso não é algo que eu ame, mas é o que é.”

Caráter e a falha do formato sprint
Além disso, Hamilton defende que os circuitos mais antigos possuem uma “característica real.” Assim como uma “casa antiga”, ele diz que estes traçados são únicos. Geralmente, as pistas novas carecem dessa personalidade, todavia ele elogia Austin por ser “uma ótima pista para pilotar” e também para correr.
Contudo, o piloto britânico destaca que há muitas pistas que, embora possuam uma grande base de fãs, não proporcionam boas corridas. “Você está apenas seguindo um ao outro e a classificação é tudo.”
Nesse sentido, Hamilton alerta sobre a necessidade de a Fórmula 1 selecionar os circuitos corretos para as corridas sprint. Ele considera o formato uma adição positiva, entretanto afirma que “temos que trabalhar nisso para tornar as corridas ainda mais emocionantes.”
A aparição de Singapura no formato sprint em 2026 preocupa o piloto. “Algumas das sprints são apenas seguir, como no próximo ano, que teremos Singapura. Em 19 voltas em Singapura, você não verá nenhuma ultrapassagem.” Felizmente, ele conclui que a modalidade está progredindo e que o crescimento do esporte globalmente é “incrível”.
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