GP2 define novo campeão na “estranha” Cingapura

quarta-feira, 19 de setembro de 2012 às 16:31
Victor Guerin em 2012

Victor Guerin

A GP2 conhecerá neste fim de semana o campeão da temporada e a disputa na última rodada dupla em Cingapura virou um mano-a-mano entre dois veteranos da categoria, o italiano Davide Valsecchi (DAMS) e o brasiliense Luiz Razia (Arden). Valsecchi lidera com 229 pontos, 25 a mais que o único rival, e pode liquidar a fatura já na corrida de abertura da programação no sábado.

Os demais brasileiros da GP2 entrarão no circuito urbano de Marina Bay com propósitos diferentes. Enquanto Felipe Nasr, outro representante do Distrito Federal, sonha com uma vitória inédita e a possibilidade de melhorar o 10º lugar que ocupa na classificação, o paulista Victor Guerin foi à Ásia com o propósito de conhecer uma pista por onde provavelmente passará em seu primeiro ano completo na série em 2013 – estreou no campeonato na 6ª etapa. “Vim para continuar ganhando experiência. Além disso, o único que andou aqui foi o Nasr, de Fórmula 3 em 2010. Não acredito que mude muita coisa. Quem vem bem continuará bem, quem está encontrando dificuldades continuará sofrendo, mas a tendência é que todos fiquem mais próximos”, avaliou Guerin.

Poucas horas depois do desembarque, Guerin já havia notado que estava num mundo completamente estranho e com leis bastante específicas. “É um lugar muito louco. É proibido até mascar chiclete. Você fica sabendo das restrições assim que chega ao aeroporto. Jogar papelzinho na rua pode dar em multa pesada e pagamento imediato se um guarda perceber. Mas são regras que deveriam ser respeitadas em qualquer outro país”, elogiou o piloto da equipe portuguesa Ocean Racing Technology.

Como o traçado urbano continuava aberto ao tráfego nesta quarta-feira, Guerin adiou o reconhecimento da pista para amanhã. Do alto do hotel onde está hospedado, no entanto, já manteve o primeiro contato visual com o circuito de 5.073 metros e 23 curvas que deverá começar a conhecer na prática no ensaio livre de 30 minutos da sexta-feira, único antes da tomada classificatória para a formação do grid da 23ª e penúltima etapa. De qualquer forma, já sabe o que vem pela frente. “Será uma corrida muito difícil por causa do calor e da umidade. É difícil até de respirar. Faz 30 graus o dia inteiro. Por isso, a gente muda toda hora de ambiente, saindo de locais fechados com o ar condicionado a pleno para andar na rua com temperatura elevada. Já estou até com dor de garganta por causa disso.”

Guerin, como a maioria dos colegas, fez uma sessão de simulador na Itália para ter uma noção básica do traçado. “É uma boa ferramenta, mas não substitui a realidade. Queremos andar o máximo possível no treino livre para pegar a mão”, disse. Embora o GP de Cingapura de Fórmula 1 seja realizado à noite, a GP2 só correrá com iluminação artificial no qualifying. “A pista será aberta às 20 horas e já estará bem escuro. As corridas, no entanto, serão de dia”, concluiu.

EB - www.autoracing.com.br

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