Gazzetta dello Sport culpa SF-25 pelo mau desempenho da Ferrari até aqui

Lewis Hamilton, Fred Vasseur e Charles Leclerc

A temporada de Fórmula 1 de 2025 deveria proporcionar à Ferrari a possibilidade de disputar um título que não vence há quase duas décadas.

Em um acontecimento raro em sua prestigiosa carreira na F1, Lewis Hamilton foi superado por um companheiro de equipe no ano passado, com George Russell terminando 22 pontos à frente do heptacampeão mundial.

No entanto, o piloto de 40 anos e seu companheiro de equipe Charles Leclerc, sabiam que um novo começo estava próximo na Ferrari e estavam encorajados pela forma como a Scuderia terminou a temporada anterior.

Leclerc e Sainz perderam por pouco a chance de ultrapassar a McLaren no campeonato de construtores, e cada mudança que fizeram no carro no segundo semestre do ano pareceu proporcionar algum desempenho adicional.

Infelizmente, a temporada de F1 de 2025 não começou da mesma maneira, apesar de Hamilton ter feito comentários positivos sobre o carro durante a pré-temporada e vencido a Sprint da China, feito inédito tanto para ele quanto para a Ferrari.

Leclerc estava menos convencido das chances da Ferrari após os testes, mas junto com seu engenheiro deu um passo à frente desde que a equipe apresentou seu primeiro pacote de atualizações no Bahrain.

Distância ao solo da Ferrari está causando problemas durante a classificação

O jornal italiano Gazzetta dello Sport descreveu os problemas que a Ferrari está enfrentando neste ano e que o diretor da equipe, Fred Vasseur, precisa resolver rapidamente.

A Ferrari buscava melhorar seu desempenho na classificação durante o inverno, com Leclerc e Sainz conquistando apenas quatro pole positions em 24 GPs.

Infelizmente, nenhum de seus pilotos chegou perto de disputar uma pole este ano, com exceção da notável pole position de Hamilton na Sprint Race na China.

A única vez que um piloto da Ferrari figurou na primeira fila no domingo foi quando Leclerc largou ao lado de Oscar Piastri no Bahrain, e mesmo assim o piloto monegasco não conseguiu manter a posição para garantir seu primeiro pódio do ano.

A reportagem da Gazzetta sugere que o SF-25 é “sensível demais” a diferentes distâncias ao solo quando o carro está com o tanque de combustível vazio.

Eles acreditam que, quando os carros da Ferrari entram em uma seção lenta da pista e é necessária mais aderência mecânica do que aerodinâmica, o SF-25 entra em “crise”.

Embora o novo assoalho instalado pela Ferrari tenha “limitado o problema”, ele não o resolveu de modo satisfatório.

A Ferrari agora precisa decidir quanto tempo e energia investirá na correção do problema este ano, sabendo que quaisquer melhorias que instalar dificilmente serão transferidas para o novo regulamento do próximo ano.

Lewis Hamilton pagou o preço final pela baixa distância do solo da Ferrari nesta temporada

Hamilton não é estranho ao problema da distância do solo na era atual dos carros de F1.

Quando ele foi desclassificado do GP dos Estados Unidos de 2023 por desgaste excessivo da prancha, depois teve uma corrida desastrosa no Brasil algumas semanas depois, quando a Mercedes levantou seu carro excessivamente para evitar uma nova desclassificação.

De acordo com a Gazzetta, após vencer a Corrida Sprint na China, Hamilton sofreu o mesmo destino no GP com a Ferrari levantando demais seu carro, enquanto Leclerc também foi desclassificado por seu carro estar abaixo do peso.

O problema de distância do solo da Ferrari não existiu na temporada passada, e isso teria encorajado Hamilton a entrar neste ano, considerando que ele precisa do carro o mais baixo possível para extrair dele e do carro o desempenho máximo.

Desde aquela corrida em Xangai, Hamilton e Leclerc só tiveram breves períodos em que se mostraram genuinamente competitivos.

Leclerc ocupa o P5 no campeonato de pilotos e Hamilton o P7. É muito pouco para as expectativas de disputa de título que os Vermelhos tinham antes da temporada atual começar.

A diferença entre Ferrari e McLaren na classificação dos construtores é gritante (110 pontos), e a Ferrari precisa encontrar rapidamente uma maneira de aumentar bastante seu desempenho a ponto de desafiar os adversários pelo título nos 19 GPs e 5 Sprints que ainda restam na temporada. Tempo há, desde que os problemas sejam resolvidos rapidamente.