Formula 1 precisa repensar o corte de custos

sexta-feira, 8 de novembro de 2013 às 11:19

Fórmula 1

Conteúdo patrocinado por: selopatrocinio

A Fórmula 1 precisa repensar radicalmente em como controlar melhor os custos, afirmam figuras importantes, em meio à crescente preocupação com o futuro de longo prazo da categoria.

Alain Prost, embaixador da Renault, cuja equipe fechou no final de 2001, avalia que os planos atuais para controlar os custos fracassaram, e é hora de uma estratégia totalmente nova.

“Acho que já é tarde – mas nunca é tarde demais, com certeza”, disse ele. “Creio que os orçamentos estão altos demais considerando os lucros e patrocinadores. Há várias coisas que deveriam ter sido feitas há muito tempo atrás. Mas também é uma competição, e isso torna difícil impedir alguém de gastar mais dinheiro”.

“Portanto, se você não pode impedir isso, o que acredito que é complicado de fazer, precisa encontrar outras idéias. As equipes gastam muito dinheiro na aerodinâmica, e eu sempre disse que não consigo compreender por que a aerodinâmica é tão importante”.

“Entendo que as equipes grandes têm túneis de vento e coisas assim, mas você só pode reduzir a importância da aerodinâmica com as regras. Poderíamos ter um fundo plano e pneus um pouco mais largos para ter mais aderência mecânica do que performance aerodinâmica. Você pode manter o túnel de vento, mas talvez a importância seja reduzida”.

O chefe da Lotus, Eric Boullier, cuja equipe teve de convencer Kimi Raikkonen a completar a temporada porque ele não foi pago, avalia que muitas competidoras estão enfrentando dificuldades no momento.

“Nós estamos em destaque, mas não somos apenas nós”, disse ele. “Acho que a maioria das equipes no grid está praticamente morta se não tiver acionistas financeiramente comprometidos”.

“Todos sabem e todos concordam que os custos estão altos demais na Fórmula 1. Mas, infelizmente, você precisa gastar pelo menos um mínimo para ser competitivo – apesar de o mínimo hoje ser 50 por cento menor do que as equipes de ponta”.

“Ainda é muito dinheiro e não é sustentável. Portanto, você precisa reduzir os custos ou aumentar os lucros – mas temos de fazer alguma coisa”.

Porém, nem todos estão convencidos de que a categoria precisa mudar. Toto Wolff, chefe de competição da Mercedes, acredita que as próprias equipes têm de ser responsáveis para não gastar mais do que seu orçamento permite.

“É claro que ter pilotos, empregados ou fornecedores sem receber não é um bom sinal”, disse ele. “Não é o que queremos ver – e é uma questão de como você gerencia este negócio. Para mim, parece estranho. Eu nunca tive ou vi uma situação similar, e me pergunto por que as equipes não estão pagando seus funcionários. Se é verdade ou não, é simplesmente incompreensível”.

 

LS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.