F1 já tem plano B caso Oriente Médio afete calendário de 2025

GP do Catar – 2023

Com o agravamento das tensões no Oriente Médio, a Fórmula 1 começou a agir com cautela e já elaborou um plano B. A medida serviria para contornar possíveis cancelamentos de Grandes Prêmios na região.

Dias atrás, Helmut Marko, consultor da Red Bull, comentou que o esporte – incluindo a F1 – continua em andamento mesmo com os conflitos armados envolvendo Ucrânia, Israel e Irã. No entanto, a preocupação aumentou nas últimas semanas.

Isso porque etapas como Baku, Catar e Abu Dhabi estão relativamente próximas de zonas de instabilidade. Como resultado, crescem os receios de que a F1 possa ser forçada a cancelar corridas na segunda metade da temporada 2025.

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Em entrevista ao Gulf News durante uma visita a Downing Street para encontrar o primeiro-ministro britânico, Stefano Domenicali, CEO da F1, abordou o tema com clareza – ainda que com reservas.

“Dizer algo sobre isso neste momento é muito, muito difícil”, afirmou ele.

Ainda recentemente, o Irã lançou um ataque contra uma base aérea dos Estados Unidos localizada no Catar. Como consequência, houve interrupções nos serviços aéreos da região. Apesar disso, Domenicali indicou que, até agora, a situação permanece sob controle.

“Até o momento, não temos nenhum tipo de sinal indicando esse risco, e por isso esperamos que isso não aconteça”, acrescentou o dirigente.

“Aliás, eu nem quero pensar nessa possibilidade – não apenas pelo esporte, mas também pelo impacto humanitário geral. Contudo, é claro que temos um plano caso se torne necessário. Ainda assim, torcemos para que isso sequer entre em pauta”.

Europa entra no radar como alternativa, mas clima pode ser obstáculo

Se algum GP precisar sair do calendário por razões de segurança, a F1 deverá recorrer à Europa para encontrar substitutos. Porém, o clima pode se tornar um desafio extra, especialmente no fim do ano.

“A Europa é grande”, ressaltou Domenicali. “E as temperaturas em algumas regiões são razoavelmente amenas”.

Mesmo assim, ele reconhece os limites naturais dessa opção.

“Definitivamente, não podemos correr em lugares onde há neve”, brincou, aliviando o tom. “Mas, como já disse, nem estou cogitando essa hipótese. Neste momento, não há motivo para alarde. Não estamos nem um pouco preocupados com qualquer impacto no campeonato”.