Hadjar diz que só passou a viver do automobilismo em 2025
terça-feira, 16 de dezembro de 2025 às 9:15
Isack Hadjar
Isack Hadjar, piloto da equipe Red Bull na Fórmula 1 a partir de 2026, revelou que 2025 marcou o primeiro ano em que conseguiu viver financeiramente do automobilismo.
A afirmação chama atenção, sobretudo porque o francês já havia alcançado resultados expressivos antes disso.
Em conversa com o streamer francês Zack Nani, Hadjar abriu o jogo e explicou de forma direta como o caminho até a elite do esporte foi financeiramente desgastante.

Trajetória até a F1 não gerou renda
Apesar de ter sido vice-campeão da Fórmula 2 e garantido uma vaga na equipe Racing Bulls, Hadjar deixou claro que o retorno financeiro simplesmente não existiu por muito tempo.
Segundo o piloto, o dinheiro só começou a entrar de fato em 2025, já como piloto da F1. Antes disso, a realidade era bem diferente.
Quando questionado se ganhou dinheiro ao ficar em segundo lugar na F2, a resposta foi imediata. Não houve lucro. Pelo contrário. Hadjar explicou que o sistema das categorias de base obriga os pilotos a pagarem para correr, o que torna o processo ainda mais pesado.
Apoio da Red Bull foi decisivo, mas insuficiente
Naturalmente, o francês reconheceu a importância da Red Bull ao longo do caminho. Afinal, integrar uma academia oferece estrutura, proximidade com a F1 e algum suporte financeiro.
Ainda assim, Hadjar destacou que os custos da F3 e F2 continuam fora da realidade da maioria das famílias. Por isso, mesmo com ajuda, o esforço financeiro permaneceu constante.
Nesse contexto, sua mãe teve papel fundamental. Ela buscou patrocinadores para cobrir parte do orçamento, enquanto a Red Bull completou o valor restante. Mesmo assim, o piloto ressaltou que a pressão financeira foi contínua até o ano passado.
De forma clara, Hadjar resumiu a situação: sem o apoio da Red Bull, sua trajetória teria chegado ao fim antes da F1.
Impacto financeiro afetou a relação com o esporte
Além das dificuldades econômicas, o peso financeiro também influenciou como Hadjar viveu o automobilismo nos primeiros anos. Inicialmente, o kart trouxe diversão. No entanto, esse sentimento mudou com o avanço da carreira.
Conforme explicou, ao entrar nas categorias mais sérias, passou a competir contra jovens com recursos muito superiores. Como consequência, as experiências deixaram lembranças negativas.
Ainda assim, Hadjar fez questão de contextualizar sua situação. Ele reconheceu que seus pais tinham boas condições financeiras. Porém, no ambiente da F1, isso não é suficiente para garantir igualdade.
Enquanto em esportes como o futebol o acesso é simples, no automobilismo o kartismo já exige grandes investimentos. Além disso, a progressão para categorias maiores torna os custos quase proibitivos.
Novo cenário ao lado de Verstappen
Agora, o francês se prepara para alinhar ao lado de Max Verstappen, o piloto mais bem pago da F1, em uma das equipes mais fortes do grid. Portanto, o contraste entre o início da carreira e o momento atual é enorme.
Com isso, Hadjar expõe um problema estrutural do esporte: talento é fundamental, mas sem apoio financeiro consistente, o sonho da F1 se torna inalcançável para muitos.
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