FIA reage: É uma questão de segurança

segunda-feira, 25 de julho de 2022 às 18:28

FIA

Recentemente nomeada secretária-geral interina da FIA, Shaila-Ann Rao, disse que simplesmente não se importa com as críticas vindas de Christian Horner e Mattia Binotto.

O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, admitiu que estava “preocupado” quando a FIA substituiu Peter Bayer por Rao, que, antes de se juntar à FIA, havia sido conselheira especial do chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff.

Advogada renomada, Rao observou, em conversa com o Corriere della Sera, que tanta coisa aconteceu na Fórmula 1 recentemente, que ela poderia facilmente acreditar que meio ano se passou desde que assumiu seu cargo no órgão regulador do automobilismo.

“Algumas semanas se passaram desde o início da minha missão, mas parece-me que seis meses já se passaram”, disse ela.

A razão para os temores sobre sua nova posição é que a Mercedes está pressionando para que a regra que permite uma flexão máxima da prancha do assoalho dos carros seja cumprida tanto este ano quanto algumas mudanças em 2023, à medida que buscam erradicar o “quique”.

A visão, naturalmente, da Red Bull e da Ferrari é que o lado alemão está tentando influenciar a FIA para ajudá-los a voltar à frente após uma primeira metade da temporada de 2022 ruim.

Shaila-Ann Rao

Isso, nas palavras da publicação italiana, faz dela a “mulher mais temida” da Fórmula 1, o que a diverte, já que o CEO da F1, Stefano Domenicali, foi chefe de equipe Ferrari, enquanto o presidente da FIA, Mohammed ben Sulayem, tem ligações com a Red Bull em seus dias de rali – mas quase ninguém menciona isso.

“Mas antes de trabalhar para a Mercedes, eu era a diretora de assuntos jurídicos da FIA”, explicou Rao.

“O mundo da F1 é assim, você vai de uma equipe para outras atribuições, ele está cheio de ex de alguma coisa, até Stefano Domenicali é um ex da Ferrari.”

“Mas não me preocupo com certas vozes, vou em frente e continuo fazendo o que sempre fiz: trabalhar.”

No próximo ano, foram propostas mudanças que anulariam ou pelo menos minimizariam o “quique aerodinâmico e mecânico”, mas também significariam que as equipes teriam que mudar algumas coisas em seus desenhos devido a uma diminuição no downforce.

Red Bull e Ferrari estão entre as seis equipes que estão descontentes por terem que fazer mudanças em seus carros.

O chefe da Red Bull, Christian Horner, descreveu o esforço da Mercedes para mudar as regras como “assustador”, mas Rao afirmou que as novas mudanças nos regulamentos propostas para 2023 ainda não estão definidas.

Além disso, ela não estaria fazendo seu trabalho se não considerasse as implicações de segurança que os quiques têm.

“No momento é apenas uma proposta e que ainda não foi finalizada”, afirmou.

“E de qualquer forma, trabalhamos para a segurança dos pilotos o tempo todo, o que aconteceria se não interviemos quando a segurança está em jogo?”

A FIA também afirmou que busca um compromisso ao analisar mudanças nas regras e que não há como dizer se os novos regulamentos, voltados à segurança, funcionariam a favor da Mercedes ou de qualquer outra equipe.

AS - www.autoracing.com.br

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