FIA nega tratamento preferencial para a Mercedes

Mohammed Ben Sulayem

Para raiva da Red Bull Racing, já vazou em Cingapura que a equipe havia excedido seu limite de orçamento. A notícia gerou uma enxurrada de publicações e rumores, além de chefes de equipe exigindo penalidades pesadas para a Red Bull.

A gestão da equipe Red Bull foi rápida em apontar para a FIA e Shaila-Ann Rao em particular como um possível vazamento. Rao é advogada interina da FIA, tendo trabalhado anteriormente na Mercedes.

Falando ao Motorsport.com, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, garante que ninguém em sua organização foi responsável pelo vazamento. Ele acrescenta que acha muito irritante que tanto vaze no paddock. Ele se refere a uma reunião com chefes de equipe na Áustria, cujas conversas vazaram antes mesmo de todos saírem da sala.

Sulayem também nega que a FIA favoreça a Mercedes em vez da Red Bull. Mais uma vez, ele se refere a Rao, que supostamente disse que a punição para a Red Bull foi muito dura. “Eu olhei e disse: ‘Meu Deus, tem alguém que a está acusando de estar com a Mercedes, e ela está me dizendo que fui duro com a Red Bull'”.

A questão é se as palavras de Sulayem garantiram que a Red Bull não tenha mais dúvidas sobre a FIA. Na verdade, teria sido muito surpreendente se o chefe da FIA tivesse admitido favorecer a Mercedes e que sua organização era responsável pelo vazamento.

Outro ponto de favorecimento à Mercedes foi uma diretiva técnica adotada a partir do GP da Bélgica para acabar com os quiques. Foi algo solicitado pela equipe, alegando medida de segurança. Por coincidência, a partir de então, a Mercedes subiu muito de rendimento, enquanto a rival Ferrari despencou.