FIA emite declaração sobre asas dianteiras flexíveis

terça-feira, 3 de setembro de 2024 às 9:25

Asa dianteira da McLaren

A FIA esclareceu sua posição em relação ao debate contínuo sobre asas dianteiras flexíveis após preocupações levantadas por Red Bull e Ferrari sobre suas rivais Mercedes e McLaren.

As asas dianteiras do W15 e do MCL38 chamaram a atenção por parecerem flexionar mais do que o espírito do regulamento permite, apesar de passarem nos testes de carga padrão da FIA.

Christian Horner, chefe da Red Bull, disse que era “uma questão da FIA”, embora tenha acrescentado que, apesar das asas terem passado nos testes, é “preciso analisar o texto do regulamento”.

Frederic Vasseur, da Ferrari, afirmou que discutiria o assunto com o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis. Ele acrescentou: “Mas temos de respeitar a decisão da FIA e lidaremos com isso internamente”.

A FIA reconheceu que as asas dianteiras são “uma área desafiadora”, mas garantiu que nenhum carro vai além do regulamento no momento e alertou que mais testes serão introduzidos caso haja suspeita de problemas.

Uma declaração divulgada pela federação disse: “A FIA está examinando as asas dianteiras em todos os eventos com inúmeras verificações (conformidade das superfícies, conformidade das deflexões) com relação ao Regulamento Técnico relevante. Todas as asas dianteiras atualmente estão em conformidade com o regulamento de 2024”.

“Desde o GP da Bélgica, a FIA adquiriu dados adicionais durante o TL1 e TL2 para avaliar comportamentos dinâmicos por meio de uma câmera de vídeo obrigatória que captura áreas da asa dianteira que não são visíveis pelas câmeras oficiais da FOM”.

“Esse exercício continuará pelo menos até Singapura para garantir que todas as equipes tenham usado a câmera obrigatória da FIA em diferentes tipos de pistas (downforce baixo, médio, alto e muito alto)”.

“Isso garantirá um grande banco de dados permitindo à FIA traçar o quadro mais objetivo da situação e quantificar as diferenças entre os vários padrões dinâmicos observados na pista. Nenhum componente é infinitamente rígido, razão pela qual há testes de carga-deflexão no regulamento”.

“A asa dianteira tem sido uma área desafiadora ao longo dos anos porque os padrões de carga aerodinâmica entre diferentes competidores variam, portanto é difícil encontrar um vetor de carga que cubra todos os tipos de construção de asa dianteira”.

“Outras áreas do carro, incluindo a asa traseira e as bordas do assoalho, têm padrões de carga aerodinâmica muito mais consistentes em todo o grid, proporcionando um teste de carga-deflexão mais universal”.

“A FIA tem o direito de introduzir novos testes se houver suspeita de irregularidades. Não há planos para medidas a curto prazo, mas estamos avaliando a situação com o médio e longo prazo em mente”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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