FIA culpa “redes sociais tóxicas” pela saída de Masi

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023 às 9:19

Michael Masi

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, negou que Michael Masi, ex-diretor de prova da Fórmula 1, foi demitido e culpou as redes sociais por sua saída.

Masi teve um papel importante na controversa conclusão da luta pelo título de 2021, com suas decisões durante o safety car no final da última corrida do ano em Abu Dhabi permitindo que Max Verstappen ultrapassasse Lewis Hamilton.

Posteriormente, o australiano pareceu ser vítima de um processo de reestruturação da FIA que eventualmente resultou na contratação de dois novos diretores de prova, Eduardo Freitas e Niels Wittich.

Porém, falando no Rally Dakar, Ben Sulayem disse sobre a saída de Masi: “Também foi uma escolha dele. Eu estava conversando com ele no início”.

“Houve erros humanos lá e eu senti que ele também não queria continuar por causa do que estava sofrendo nas redes sociais, as redes sociais tóxicas. Nós conversamos e foi injusto também para ele. A FIA sempre foi solidária”.

Masi e sua família foram alvo de ameaças de morte e abuso online depois do que ocorreu 13 meses atrás.

Em novembro, a FIA anunciou que usaria tecnologia de inteligência artificial para começar a reprimir o comportamento tóxico nas redes sociais após vários de seus funcionários sofrerem ameaças de morte. Além disso, a campanha “Drive It Out” foi lançada no GP da Hungria.

Referindo-se a outros casos de abuso online dentro da FIA, Ben Sulayem acrescentou: “É a mesma coisa que está acontecendo com Silvia (Bellot, comissária da FIA) e com alguns de nossos membros: ameaças. Eu também recebi algumas para reverter os resultados, mas não as levei a sério”.

“Contudo, agora nós estamos combatendo as redes sociais tóxicas que afetarão nosso esporte. Eu acredito firmemente que poderemos descobrir que os danos serão irreparáveis para nosso esporte no futuro se não tomarmos uma atitude”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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