FIA fecha cerco a brechas nas regras de 2026

quinta-feira, 18 de setembro de 2025 às 9:00

Carro de Fórmula 1 2026

Nikolas Tombazis, chefe de monopostos da FIA, voltou a reforçar um alerta direto às equipes da Fórmula 1. Com a proximidade das profundas mudanças previstas para 2026, ele destacou que nenhuma brecha de regulamento será tolerada.

Para justificar sua posição, o dirigente relembrou o polêmico caso do difusor duplo em 2009. Naquela ocasião, a FIA respondeu apenas a algumas equipes, o que levou a interpretações divergentes.

Portanto, segundo Tombazis, o cenário precisa ser completamente diferente agora. “Nosso objetivo é tornar as regras claras para todos. Além disso, avisamos que não aceitaremos ambiguidades”, afirmou em entrevista ao Formula Passion.

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Tolerância zero para quem tentar inovar em segredo

O dirigente também deixou evidente que qualquer solução baseada em interpretações obscuras terá consequências imediatas.

“Se uma equipe apresentar algo sem pedir esclarecimento, nunca ouviremos suas justificativas. Afinal, um conceito 50-50 seria um desastre para quem arriscar”, disparou.

Além disso, Tombazis lembrou o exemplo da Mercedes em 2020, quando surgiu o sistema DAS.

“Eles só perguntaram depois de desenvolver. Ou seja, assumiram um risco calculado. Queremos evitar situações semelhantes daqui para frente”.

Para garantir igualdade, a FIA prometeu ainda que todos os esclarecimentos serão compartilhados.

“Se houver dúvida em uma área cinzenta, dividiremos a resposta com todas as equipes, sem exceção”, completou.

Expectativa de diferenças em 2026

Embora o regulamento busque equilíbrio, Tombazis admitiu que o primeiro ano da nova era provavelmente exibirá diferenças significativas.

“Nem todas as equipes estarão preparadas. Algumas, inclusive, interpretarão errado e precisarão se recuperar. Dessa forma, é natural que, no início, apareçam grandes variações de performance”, comentou ao Virgilio Motori.

Além disso, ele explicou que os projetos já estão avançados em simulações. No entanto, o diálogo com equipes e fabricantes permanece intenso.

“Estamos analisando os problemas encontrados nos simuladores e em seguida discutindo soluções conjuntas. O processo está quase concluído, mas ainda não finalizado”.

Segurança em primeiro lugar

Por fim, Tombazis frisou que a FIA manterá autoridade absoluta quando o assunto for segurança.

“Para mudar aspectos esportivos e técnicos, precisamos de acordo entre as equipes. Contudo, em segurança não existe negociação. Se detectarmos qualquer risco, jamais permitiremos que seja ignorado”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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