FIA analisa blocos de titânio com expansão térmica

terça-feira, 18 de novembro de 2025 às 9:14

Assoalho F1

A FIA está analisando relatos sobre o uso de blocos de titânio com expansão térmica em diversas equipes de Fórmula 1. A técnica pode explicar as grandes oscilações de performance entre a corrida curta e a classificação em Interlagos.

Segundo o site as-web.jp, chefes de equipe e diretores técnicos acreditam que alguns rivais aprenderam a fazer os blocos absorverem grandes quantidades de calor. Como resultado, o material muda de comportamento em plena pista.

Como o método funciona

O regulamento exige três elementos de titânio. Além disso, esses componentes precisam ficar exatamente nivelados com a prancha de madeira sob o carro.

Quero ser VIP
 

Normalmente, as equipes calculam o desgaste do assoalho após cada sessão. Assim, garantem que a prancha mantenha a espessura mínima exigida e evitem punições.

Porém, no Brasil, certos carros rodaram excepcionalmente baixos sem desgaste incomum. Isso ocorre porque o titânio aquece e consequentemente se expande para baixo.

Ou seja, quando o carro solta faíscas, apenas os blocos tocam o asfalto. Portanto, a prancha permanece levemente acima, preservando sua integridade.

Logo após a volta para os boxes em baixa velocidade, o metal esfria e assim volta a contrair. Desse modo, ele retorna à posição correta para a inspeção da FIA.

Inspeção, consequências e perda de desempenho

Depois de vários carros terem sido observados batendo bastante no chão durante a corrida curta, o delegado técnico Jo Bauer decidiu inspecionar todos os blocos antes da classificação.

Conforme o relato japonês, ele encontrou dispositivos instalados unicamente para aquecer o titânio. Por esse motivo, determinou a remoção imediata antes do Q1.

Portanto, as equipes afetadas precisaram aumentar a altura traseira. Com isso, perderam downforce e ritmo de volta.

Uso disseminado e reação da FIA

De acordo com a reportagem, quase todas as equipes utilizam esse conceito. Ainda assim, algumas desenvolveram a técnica a ponto de obter vantagem significativa em pistas com superfícies lisas. Nessas condições, é possível andar extremamente baixo sem violar o regulamento.

Agora, a FIA prepara uma nova diretiva técnica. O objetivo é restringir materiais e métodos aplicados no assoalho. No entanto, a mudança só deve entrar em vigor em 2026, quando o novo regulamento reduzirá a dependência do efeito solo.

 

LS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.