Ferrari testa nova suspensão em Mugello: rumo à Bélgica

quinta-feira, 17 de julho de 2025 às 17:26

Ferrari SF-25 com nova suspensão para a Bélgica

De acordo com o Motorsport da Itália, a Ferrari completou o segundo dia de filmagens da temporada em Mugello. A Scuderia não visava uma gravação comercial, e sim a chance de testar a nova suspensão traseira do SF-25 nos 200 km permitidos pela FIA. Este dia, 17 de julho, marca um momento crucial para a Ferrari. A temporada começou com frustração, mas uma correção pode vir a partir do GP da Bélgica em Spa-Francorchamps.

Testes intensivos para estabilidade

Pela manhã, Charles Leclerc pilotou o SF-25. À tarde, Lewis Hamilton assumiu o volante. Cada piloto percorreu 19 voltas na pista toscana da Scuderia. O objetivo era claro: descobrir os pontos fortes e fracos da suspensão traseira modificada nos braços oscilantes superiores. Ambos cumpriram as 38 voltas programadas.

Loic Serra, diretor técnico da Ferrari, acompanhou de perto o trabalho. Ele avaliou a fundo as modificações na traseira do carro vermelho. Os engenheiros da equipe buscam um carro mais estável, especialmente diante das mudanças na altura do solo. Atualmente, o SF-25 se mostra muito crítico ao ser pilotado no limite, dificultando seu acerto.

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O desafio da performance em curvas rápidas

Na China, engenheiros da Ferrari descobriram um problema. Levar os conceitos de ajuste ao extremo resultava em desgaste excessivo da parte inferior da carroceria. Isso acontecia principalmente em curvas rápidas e com o tanque cheio. Portanto, a equipe nunca conseguiu extrair todo o potencial do SF-25. Tiveram que fazer concessões, o que custou desempenho e resultados.

A Ferrari é, aliás, a única equipe de ponta a não ter vencido um GP este ano (a corrida de Xangai foi Sprint). A ambição em Maranello vai além de manter o segundo lugar nos construtores. Eles almejam vitórias que darão sentido à segunda metade da temporada. Nesse período, a equipe técnica estará totalmente focada no 678, o carro do próximo ano.

Nova suspensão aprovada: o que muda?

A nova suspensão é visível: o ponto de fixação do braço oscilante dianteiro à caixa de câmbio mudou. A Ferrari não foi tão radical quanto a Mercedes com o W16, mas a alteração deve aprimorar o efeito anti-squat. Isso altera a dinâmica do carro, resultando em reações menos bruscas. Além disso, evita perdas repentinas de carga aerodinâmica.

Charles Leclerc não encontrou diferenças significativas em sua avaliação. Mesmo assim, a nova solução foi aprovada e segue para a Bélgica. O vídeo do teste e a imagem que abre este artigo mostra uma Ferrari com altura de rodagem bem mais próxima do asfalto. Isso indica que a suspensão traseira deve proporcionar um amortecimento melhor. O controle da altura de rodagem se torna mais eficaz, prevenindo a deterioração da prancha.

Análise de dados e ajustes futuros

Os dados coletados hoje serão minuciosamente analisados. Lembre-se: apenas pneus de demonstração podem ser usados em dias de filmagem, não os que a Pirelli leva para os GPs. Os pilotos não puderam ajustar a configuração do carro para seus estilos de pilotagem. Portanto, talvez não tenham encontrado o equilíbrio ideal que a solução pode oferecer.

Contudo, a análise de telemetria oferece uma avaliação mais objetiva. Pela primeira vez, a nova suspensão operou na pista em sinergia com o assoalho. Este último estreou na Áustria e já demonstrou resultados positivos. Nos testes dinâmicos no dinamômetro, o pacote havia melhorado em “um décimo”. No entanto, os engenheiros não buscavam apenas desempenho puro. Eles queriam um comportamento do carro que abrisse a janela de operação dos pneus. O objetivo era oferecer aos pilotos um carro menos crítico no limite e mais competitivo em uma única volta. A solução foi aprovada, mas precisará de ajustes em Spa-Francorchamps, local de uma corrida Sprint.

AS - www.autoracing.com.br

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