Ferrari dividida entre Maranello e operação de pista
terça-feira, 14 de outubro de 2025 às 16:43
Ferrari- Matteo Togninalli
A Ferrari está dividida entre Maranello e a operação de pista vive um dos momentos mais delicados dos últimos anos. Fontes internas revelam uma desconexão crescente entre quem atua nas corridas e a equipe de apoio na fábrica italiana. Essa distância, segundo pessoas próximas à Scuderia, afeta diretamente o desempenho em pista.
Falta de sintonia entre pista e fábrica
O GP de Singapura era visto como uma excelente chance para a Ferrari encerrar sua seca de vitórias. No entanto, o resultado foi decepcionante: apenas 12 pontos, com Charles Leclerc em P6 e o punido Lewis Hamilton em P8. As simulações em Maranello, inicialmente otimistas, mostravam grande potencial para Marina Bay. Contudo, após o TL1, os engenheiros descobriram que o desgaste das pranchas poderia resultar em desclassificação.
Por causa disso, a Ferrari adotou “soluções cada vez mais extremas” na tentativa de corrigir o problema. Leclerc, ao final da corrida, fez uma crítica dura após perder para Kimi Antonelli, estreante da Mercedes. Já Hamilton, por outro lado, enfrentou superaquecimento nos freios e recebeu punições por sair da pista nas voltas finais. Assim, ficou evidente que a falta de integração entre o grupo de engenharia e a operação de corrida segue sendo um obstáculo real.
Matteo Togninalli e as divisões internas
Dentro da Ferrari, Matteo Togninalli, chefe dos engenheiros de pista da Ferrari, simboliza essa divisão entre os setores. A equipe reconhece que precisa, urgentemente, “reequilibrar a relação” entre os engenheiros de Maranello e os que atuam no pit wall. Dessa forma, seria possível alinhar ideias e chegar a acertos mais coerentes para o carro.

Togninalli, embora seja considerado um engenheiro brilhante, tem fama de “temperamento terrível”. Fred Vasseur, chefe da equipe, inclusive, teve um confronto direto com ele em Singapura. Esse episódio revelou o poder crescente do grupo de pista e aumentou as tensões internas.
Apesar disso, a Ferrari não aceita o desempenho atual: cinco pódios e nenhuma vitória em 18 GPs completos. Há falhas evidentes no carro, mas também problemas sérios de comunicação. Além disso, os engenheiros admitem que muitas vezes não conseguem extrair o máximo potencial do SF-25 por causa dos acertos conflitantes. Portanto, a união entre as duas “almas” da equipe é vital para recuperar a competitividade.
Tensões com Hamilton e desconfiança da FIA
Hamilton também demonstrou sua insatisfação com os métodos da Ferrari. Em reuniões recentes, o britânico pediu que o feedback dos pilotos – tento dele quanto de Leclerc – tenha mais influência nas decisões técnicas. Segundo ele, a equipe precisa ouvir mais quem está ao volante, já que o comportamento do carro muda muito entre pista e simulador.
Além disso, há rumores de atrito com a FIA. A Ferrari sente-se alvo de “inspeções extremamente frequentes”, o que teria levado a um comportamento “ultraconservador” nas configurações do carro. Dessa maneira, a equipe passou a evitar riscos que poderiam trazer ganhos de desempenho, temendo novas punições.
Essa postura conservadora reflete o medo de ser novamente penalizada, mas também limita a capacidade da Ferrari de inovar. Com 2026 se aproximando e uma nova era de regulamentos à vista, a equipe precisa corrigir suas fragilidades estruturais e operacionais. Assim, poderá finalmente voltar a disputar títulos e restaurar o prestígio que a Scuderia sempre teve.
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