Ferrari cobra decisões mais “incisivas” da direção de prova

Mattia Binotto

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, pediu para a direção de prova tomar “decisões mais incisivas” no futuro depois de ficar insatisfeito com o momento do safety car no GP do Canadá.

Carlos Sainz estava liderando a corrida à frente de Max Verstappen quando Yuki Tsunoda bateu na saída dos pits na volta 49.

A Scuderia rapidamente chamou Sainz para um pit-stop, mas Binotto criticou a demora para a entrada do safety car.

“Eu creio que demorou demais para decidir pelo safety car”, declarou Binotto à mídia.

“Naquele momento, Carlos estava liderando a prova, e eu acho que o safety car entrou quando ele estava se aproximando da última curva. A equipe e o piloto tiveram uma ótima reação indo para o pit”.

“Eu acho que nós tivemos apenas um segundo para reagir e foi o que fizemos. Sem isso, teria sido muito difícil, uma situação ruim para Carlos. Nós precisamos de decisões mais incisivas. A direção de prova demorou demais”.

Ao ser questionado se Sainz poderia ter se defendido contra Verstappen sem aquele safety car no final, Binotto admitiu que é difícil saber como teriam sido as coisas.

“É difícil julgar. Nós sabíamos que, para se defender, ele deveria ter sido muito veloz na pista, virando 17.4 ou 17.3 em todas as voltas porque Max vinha rápido atrás. Teria sido bastante apertado, sem dúvida”.

Binotto reconheceu que a ameaça do terceiro colocado Lewis Hamilton também pesou nas decisões estratégicas da Ferrari.

“Nós estávamos pensando se deveríamos ficar na pista ou parar simplesmente para nos proteger de Lewis, que tinha pneus novos e também estava muito rápido atrás”, acrescentou ele.

“Portanto, estávamos monitorando a situação muito de perto. Eu acho muito difícil julgar e dizer como a corrida teria terminado sem o último safety car”.