Ferrari apoia Mercedes contra concessão para a Alpine

Frederic Vasseur e Toto Wolff

Frederic Vasseur não gosta da ideia de uma dispensa especial para a Renault solucionar a desvantagem de potência de seu motor.

Na semana passada, a Comissão da Fórmula 1 concordou que a UP nos carros da Alpine tem cerca de 30 hp a menos, mas até agora não houve um acordo sobre como a FIA permitirá uma correção.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, confirmou que a Renault pediu uma solução simples – uma taxa de fluxo de combustível maior que a permitida. Para ele, seria um “desastre” que poderia “arruinar a F1”.

Vasseur, chefe da Ferrari, concorda.

“Quando congelamos o desenvolvimento dos motores, concordamos que aqueles que parecessem estar muito para trás receberiam apoio em circunstâncias excepcionais”, declarou ele ao Formula Passion da Itália.

“Entretanto, eu não tenho certeza se a Renault cumpre essas condições”.

Como Wolff, ele afirma que permitir que a Alpine tenha uma taxa de fluxo de combustível maior seria uma medida artificial demais para a F1.

“O princípio é o mesmo do túnel de vento”, continuou o francês. “O último colocado no campeonato tem mais horas, mas não um carro mais leve”.

“Você os ajuda a se desenvolver, mas não concede benefícios. Caso contrário, seria a introdução de um ‘Balanço de Performance’, mas assim não restaria nenhuma competição”.

Na Comissão da F1, as equipes supostamente também recusaram um pedido da Williams para uma exceção no teto orçamentário a fim de investir milhões a mais em sua infraestrutura desatualizada.

“Nós mudamos o regulamento com muita frequência”, respondeu Vasseur ao ser questionado sobre isso. “Na minha opinião, o estado atual da competição se deve à estabilidade que a categoria proporciona”.

“Se você mudar o regulamento toda semana para beneficiar alguém, essa estabilidade é afetada”.