Fenômeno estranho causou abandonos da Red Bull?

terça-feira, 22 de março de 2022 às 9:51

Max Verstappen

A razão para o abandono duplo da Red Bull no GP do Bahrain, abertura da temporada 2022, ainda não foi confirmada pela equipe dois dias depois da corrida.

As falhas quase idênticas de Max Verstappen e Sergio Perez vem provocando todos os tipos de teorias sobre o que pode ter ocorrido. Oficialmente, houve um problema inesperado com o sistema de combustível.

Entretanto, isso pode não ter acontecido devido a uma parte quebrada ou funcionando mal, mas sim a um problema de projeto relacionado ao que ocorre quando o tanque de combustível está quase vazio.

Um curioso fenômeno chamado “cavitação de combustível” pode ter sido o culpado pelo abandono duplo, de acordo com o site racingnews365.com.

Enquanto o tanque esvazia, as últimas gotas de líquido se movimentam no tanque devido às forças sofridas quando o piloto acelera, freia ou vira.

O movimento do combustível resulta em um aumento da temperatura do líquido, o que pode formar bolhas e obrigar a bomba a lidar com uma mistura de ar e combustível. Como consequência, a temperatura da bomba também sube e ela pode se danificar.

O carro de Verstappen mostrou todas as indicações do problema, já que ele perdeu velocidade e reclamou de uma falta de potência. A bomba ainda estava funcionando o suficiente para fornecer combustível à UP, o que lhe permitiu retornar aos pits.

A falha de Perez pode ter sido mais repentina, com a bomba não conseguindo mais alimentar o motor e causando um desligamento imediato.

É fácil replicar e testar o problema provocado pelo movimento do combustível no tanque, mas isso não significa necessariamente que a Red Bull fez um stint representativo com pouco combustível durante os testes de pré-temporada em Barcelona ou no Bahrain.

Se a cavitação de combustível é a causa do abandono duplo, fazer algumas voltas com pouco combustível deveria, teoricamente, ter permitido que a Red Bull descobrisse antecipadamente o problema com o RB18.

Entretanto, segundo o racingnews365.com, a Red Bull fez alguns testes com pouco combustível e houve algumas variáveis extras, obrigando a equipe a fazer investigações mais detalhadas.

Vários fatores podem ter influenciado, como a extensão da cavitação de combustível em condições de corrida levando em conta velocidades e frequências particulares, as forças G envolvidas e até mesmo a condição dos pneus – por exemplo, pneus mais novos permitiriam velocidades maiores em curva.

Outra consideração é a temperatura do carro em si, já que um monoposto sendo pilotado no limite por 90 minutos esquentará mais do que um carro com pouco combustível na pista por 10 minutos.

Mais um fator significativo que também precisa ser analisado é o novo combustível E10. Com uma porcentagem maior de etanol, aumentando para 10% nesta temporada, o processo de cavitação de combustível pode ter ocorrido mais rapidamente?

O racingnews365.com relatou que a Red Bull pode explicar o problema nas próximas 24 horas.

 

LS - www.autoracing.com.br

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