“Faíscas” entre pilotos da Ferrari podem virar “incêndio”

quarta-feira, 24 de abril de 2024 às 9:27

Charles Leclerc e Carlos Sainz

As “faíscas” entre os atuais pilotos da Ferrari em breve podem se tornar “um incêndio”, de acordo com um renomado especialista italiano.

Na Mercedes, também há um desconforto notável, com Lewis Hamilton enfrentando dificuldades naquela que é sua última temporada antes de substituir Carlos Sainz na Ferrari.

“Lewis está surpreendentemente bem humorado”, comentou Toto Wolff, chefe da Mercedes, à Servus TV na China, apesar dos erros significativos de Hamilton no acerto de seu carro.

“Não sei se é porque ele sabe que irá para outro lugar no próximo ano, mas não é nada típico dele”, acrescentou Wolff.

Na Ferrari, os primeiros sinais de tensão entre Sainz e seu companheiro de equipe Charles Leclerc surgiram em Xangai.

O monegasco criticou a agressividade do espanhol na corrida curta, e o relacionamento entre os dois sofreu ainda mais com outro incidente na largada do GP da China.

“Não ajuda perder duas posições assim”, admitiu Frederic Vasseur, chefe da Ferrari.

O impressionante início de temporada de Sainz em 2024 foi interrompido por uma batida no Q2, com Vasseur admitindo que um dos maiores problemas em Xangai foi a “posição no grid”.

“É difícil ter um fim de semana completo quando cometemos muitos erros coletivamente”, afirmou ele diplomaticamente.

Em meio à batalha acirrada entre Leclerc e Sainz, Nico Rosberg, campeão mundial de 2016, sugeriu que a Ferrari talvez precise adotar um sistema de regras semelhante ao da Mercedes para controlar o comportamento dos pilotos.

“Nenhuma outra equipe tem regras assim, principalmente a Ferrari, mas agora eles também precisam fazer isso”, disse ele à Sky Deutschland.

O jornalista Leo Turrini ecoou o sentimento de problemas crescentes dentro da equipe, indicando que conflitos no início da temporada podem sinalizar problemas mais profundos.

“Estamos apenas no começo de uma temporada muito longa e as faíscas de Xangai são a promessa de um incêndio”, escreveu ele em sua coluna no Quotidiano.

Cesare Fiorio, ex-chefe da Ferrari, questiona o que Vasseur pode fazer para lidar com a situação.

“Não conheço os contratos deles, mas a perda de controle de Sainz deveria ter sido levada em conta no início da temporada”, declarou ele ao Corriere dello Sport. “Vasseur não pode fazer muita coisa a respeito”.

O que poderia acalmar a situação é Sainz finalmente garantir um novo contrato para 2025 – aliviando a pressão para provar que é o mais rápido da equipe.

“Por enquanto, continuamos avaliando nossas escolhas”, afirmou Carlos Onoro Sainz, seu empresário e primo. “Todos podem dormir em paz entre a China e Miami, não se preocupe”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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