F1 – Zac Brown desafia a Ferrari

Zak Brown

O chefe da McLaren, Zak Brown, desafiou a Ferrari a divulgar os detalhes do acordo secreto assinado com a FIA em relação à sua UP de 2019.

A Ferrari e a FIA provocaram a ira de vários de seus rivais no início deste ano, após um acordo confidencial selado entre as duas partes que pôs de lado a investigação do órgão governamental sobre a legalidade do motor da Scuderia.

Nos meses finais de 2019, a FIA conduziu uma análise do sistema de fluxo de combustível da UP Vermelha, mas a complexidade da tecnologia impediu que que engenheiros da instituição entendessem se o motor da Ferrari violava os regulamentos ou não.

Daí o acordo subsequente entre as duas partes, cujos detalhes a FIA só poderia divulgar com a aprovação da Ferrari, disse o presidente Jean Todt.

Brown está, portanto, pedindo que os Vermelhos se tornem “limpos”, especialmente depois que o chefe da equipe, Mattia Binotto, recentemente invocou o “dever ético” de proteger sua equipe diante das atuais tentativas de reduzir o limite de orçamento da F1 para 2021.

“Sou totalmente a favor de ‘deveres éticos’. E, na linha da ética, acho que seria ótimo se Mattia compartilhasse conosco, como a FIA se ofereceu para compartilhar, quais foram os detalhes por trás do acordo secreto sobre a suposta violação do regulamento em torno de seus motores”, disse Brown em uma videoconferência com a mídia selecionada na semana passada.

“Enquanto discutimos ética e transparência, acho que esse seria um bom momento para fazer isso.”

Por fim, a Mercedes liderou o pedido do grupo de sete equipes para a FIA divulgar os detalhes de seu acordo particular com a Ferrari, insistindo que as manobras do corpo dirigente com a Scuderia haviam questionado sua integridade e governança.

Mas a Mercedes saiu do grupo dos sete, supostamente como resultado de uma conversa particular entre o presidente da Ferrari, John Elkann, e o chefe da Daimler, Ola Kallenius.

A Red Bull agora pegou o bastão legal.

“A coisa toda deixou um gosto amargo”, disse Christian Horner, chefe da Red Bull. “Para nós, é muito dinheiro.”

“Faz uma diferença de USD 20 milhões se terminarmos em P2 ou P3 no campeonato mundial, e cada um de nossos funcionários tem um pagamento adicional de bônus com base nisso. Não podemos simplesmente deixar assim”.

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