F1 – Wolff: Mercedes foi paranoica durante a temporada 2014

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014 às 8:41

Toto Wolff

Toto Wolff, chefe de competição da Mercedes, insiste que nunca se sentiu confortável com a vantagem que sua equipe teve sobre os rivais até os estágios finais da temporada 2014.

“Sou uma pessoa muito pessimista por natureza”, declarou Wolff ao site Autosport. “Foi só a partir do voo de retorno de Suzuka para a Europa, obviamente com a nuvem negra do acidente de Jules (Bianchi) lá, que percebi pela primeira vez que tínhamos um pacote dominante e poderíamos vencer. Não tive esses pensamentos durante a temporada. Nunca achei que seria fácil – na verdade, foi o contrário”.

Wolff acredita que os temores em relação ao que as outras equipes poderiam fazer foram alimentados imediatamente pela recuperação da Red Bull, com Daniel Ricciardo chegando em segundo na pista no GP da Austrália mesmo após um programa de testes da pré-temporada desastroso para a equipe.

“Tudo o que vimos desde o começo da temporada não foi uma indicação suficiente de que nosso pacote seria suficientemente bom”, explicou ele. “Quando fomos para Melbourne, Ricciardo terminou em segundo antes de ser desclassificado – apesar de praticamente não ter testado”.

“Portanto, foi um lembrete de que não deveríamos ser complacentes. É por isso que encaramos uma corrida de cada vez, tentando melhorar a performance, e se você analisar a temporada, foi a primeira vez que a equipe aumentou a vantagem ao longo do ano ao invés de perder terreno”.

“Até mesmo em 2009 houve uma queda. No ano passado, estávamos indo realmente bem até o intervalo de verão, e depois não pudemos fazer nada contra as nove vitórias de Sebastian Vettel. Neste ano, aconteceu o oposto”.

Wolff culpa sua personalidade por nunca ter se sentido confortável com a vantagem que a Mercedes tinha, mas acredita que isso também é um ponto forte.

“Em meus trabalhos anteriores, nunca me senti confortável com nada até que fosse feito”, disse ele. “E não porque eu disse que nunca deveria me sentir assim, simplesmente sou calibrado dessa maneira. Não acredito que está feito até estar concluído”.

“Certamente não facilita a minha vida. Proporciona um dia miserável após o outro, mas esperar sempre o pior é um ponto forte. Você controla suas próprias expectativas e continua se esforçando ao máximo porque nunca acredita que as coisas estão boas o suficiente”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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