F1 – Whiting: FIA adiou restrições de rádio por “justiça”

Charlie Whiting

A FIA aliviou as restrições totais de rádio no GP de Cingapura porque sentiu que isso prejudicaria algumas equipes mais do que outras.

Charlie Whiting, diretor de prova da FIA, declarou: “Ficou claro que algumas equipes teriam uma séria desvantagem em relação a outras – não só em seu conhecimento ou habilidade de reagir a curto prazo, mas também com as escolhas de hardware feitas há um ano”.

“Dois tipos de painéis estavam disponíveis para as equipes, e um deles pode mostrar bem mais do que o outro. Portanto, pensando na justiça, nós sentimos que seria melhor introduzir as medidas em dois estágios, e foi o que fizemos agora”.

Whiting disse que oito membros da FIA receberam a tarefa de monitorar as conversas de rádio a fim de impedir violações das regras. Ele também deixou claro que o adiamento dará mais tempo para decifrar códigos secretos.

“Não será simples, e precisaremos de um pouco mais de tempo para pensar nisso”, explicou Whiting. “Acho que a lista (de mensagens banidas) que as equipes receberam hoje é bastante direta, mas com uma lista mais complexa, longa e técnica, haverá oportunidades maiores”.

“Ontem, me disseram que algo como transferência de óleo é permitido como mensagem, e isso pode ser codificado de um modo que, quando você fala de transferência de óleo ao piloto na curva 1, pode significar uma coisa diferente de quando lhe diz na curva 10. Portanto, vai ser um pouco difícil, mas acredito que podemos superar isso”.

A maneira fácil de solucionar a controvérsia a respeito do que as equipes podem e não podem dizer seria banir completamente o rádio, mas Whiting acredita que isso é improvável.

“Isso pode não ser muito bem recebido”, disse ele. “Também não creio que um sistema de rádio padronizado ajudaria. As equipes teriam de usá-lo e haveria todo o tipo de complicações, como mensagens codificadas”.

Whiting acrescentou que o banimento da telemetria proposto por Bernie Ecclestone na quinta-feira não está nos planos. “Não está planejado como um passo naquela direção. De fato, isso não foi sequer discutido”.