F1 – Webber teme por novos talentos australianos

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014 às 15:27

Mark Webber

Mark Webber acredita que está mais difícil do que nunca para os jovens pilotos australianos chegarem a Formula 1.

o piloto australiano decidiu se aposentar da categoria após 13 anos de carreira para correr pela Porsche no Campeonato Mundial de Endurance e na tradicional 24 horas de Le Mans em 2014.

Apesar de o seu compatriota Daniel Ricciardo ter ocupado sua vaga, formando dupla ao lado do tetracampeão Sebastian Vettel na Red Bull, Webber teme que as oportunidades estão diminuindo para que novos talentos possam seguir seus passos.

“Você precisa chegar à Europa muito cedo. Eu sempre disse que gostaria de ter feito algumas corridas de kart europeu mais cedo”, disse Webber, que está gerenciando a carreira do piloto Mitch Evans da Nova Zelândia, campeão da GP3 em 2012.

“Mas agora é muito caro para deixar a Austrália e provar a si mesmo que é capaz de chegar a F1. Sempre foi difícil, mas agora está muito, muito difícil, como nós estamos fazendo com Mitch e outros caras.

“Com Kiwis e Aussies, está difícil encontrar patrocinadores. Nós não temos esses recursos necessários em nosso país”.

“Na minha época, quando era a Marlboro que realizava o financiamento de jovens pilotos, você não podia vender muitos cigarros na Austrália, mas você podia vender um lote de cigarros no Brasil”.

“E agora, por exemplo na Rússia, existe um monte de pessoas lá que podem ajudar a financiar a carreira de um piloto”.

Webber esteve pela primeira vez na Europa para competir na Fórmula Ford britânica em 1996. Ele, então, chegou a F1 pela Formula 3 britânica, onde correu uma temporada na equipe de fábrica da Mercedes, e na Fórmula 3000.

Ele admitiu que o crescimento da série V8 Supercars da Austrália deu aos jovens pilotos um incentivo para construir uma carreira em sua terra natal, em vez de apostar somente na F1.

“Existe muito talento na Austrália, não há dúvida sobre isso, e nós temos um campeonato de turismo muito bom e extremamente competitivo (V8 Supercars). Então os pilotos percebem que é uma opção para eles ao invés de tentar a sorte na Europa”, disse ele.

Embora Webber tenha criticado o quão importante é o patrocínio pessoal de um piloto, fazendo com que muitas equipes optem por pilotos pagantes, ele destacou a escolha da McLaren sobre Kevin Magnussen para 2014 como um motivo de otimismo.

“É muito bom ver alguém como Kevin recebendo uma chance na categoria máxima do automobilismo e em uma equipe de ponta, isso é ótimo”, finalizou ele.

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