F1 – Vettel e os seis anos de uma montanha-russa na Ferrari

Última coletiva de Vettel na Ferrari

Sebastian Vettel descreveu seus seis anos na Ferrari como “uma montanha-russa”. O tetracampeão disse sentir uma “ligação emocional” com a Ferrari, mas admitiu que ele e a equipe “falharam” porque não conquistaram o título.

Vettel disse: “Olhando para trás, havia muitas coisas que deveríamos e poderíamos ter feito melhor.”

“O principal é ter certeza de que aprendi com isso e cresci com isso”.

O piloto de 33 anos vai ingressar na Aston Martin no próximo ano – o novo nome da equipe atualmente conhecida como Racing Point – depois que a Ferrari disse a ele, antes mesmo do início da temporada, que não renovaria seu contrato.

Vettel disse que ele e a equipe cometeram erros ao longo do tempo juntos e apontou a temporada de 2018 como “decisiva para muitas coisas”.

A Ferrari teve um carro competitivo há dois anos e Vettel liderou o campeonato durante grande parte da primeira parte da temporada, mas um erro grande que cometeu quando liderava o GP da Alemanha interrompeu seu ímpeto. Não foi o primeiro de uma série de erros desde 2017 quando a temporada da Ferrari desmoronou e a Mercedes e Lewis Hamilton ficaram mais fortes ao longo da segunda parte do ano.

Houve também interrupções fora da pista, incluindo a morte do influente presidente da Ferrari, Sergio Marchionne.

“Na temporada de 18, tivemos o falecimento do Sr. Marchionne, a mudança na liderança da equipe de Maurizio (Arrivabene) para Mattia (Binotto). Talvez o ano de 18 tenha sido decisivo para muitas coisas. Mas eu não sei se você pode dividi-lo em apenas uma coisa. ”

Vettel também destacou a decisão da Ferrari de se separar do diretor técnico James Allison em 2016, dizendo: “Em 2016, nos separamos de James por causa de conflitos pessoais na época”.

O inglês, considerado uma das melhores mentes técnicas da F1, ingressou na Mercedes em 2017 e supervisionou seu sucesso contínuo nos últimos quatro anos.

Vettel acrescentou: “Enfrentamos uma combinação muito forte de pilotos e equipe, uma das mais fortes que vimos até agora, mas nosso objetivo era ser mais forte do que isso e falhamos. Existem razões para isso. Tivemos corridas boas e ruins. Chegamos perto e às vezes estávamos longe.”

Ele admitiu que ser piloto da Ferrari em tempos difíceis significa lidar com pressão, mas disse que não foi essa a causa das dificuldades que enfrentou.

“Parece bom e adiciona um pouco de drama a tudo”, disse ele, “mas definitivamente não estou usando isso como uma desculpa para apostar aqui e ali. Se você tem ambições de vencer e tem uma meta para vencer e ter sucesso, você é o primeiro a perceber isso por si mesmo. Não depende da pressão de fora.”

“No geral, sinto-me muito mais confortável ou em um lugar melhor agora do que há alguns anos, mas no momento nem sempre foi fácil ou direto.”

Sua última corrida pela Ferrari hoje será rapidamente esquecida, mas foi um fim de semana especial para o alemão.

“Então poderíamos ter conversado também após a Áustria, então você teria essa sensação”, disse Vettel em resposta a uma pergunta feita pelo Ziggo Sport. “Esta temporada foi obviamente muito ruim por vários motivos. Estou feliz por poder deixar isso para trás.”

“Foi um dia especial que vou lembrar. Não vou me lembrar da corrida em si, mas vou me lembrar dos momentos com os mecânicos com quem passei seis anos da minha vida. Vou sentir falta deles”, acrescentou Vettel.

Críticas à FIA
Vettel também ponderou sobre a condução do teste de ‘jovens pilotos’ em Abu Dhabi na terça-feira.

A Renault recebeu permissão para o bicampeão Fernando Alonso testar, mas o órgão regulador, a FIA, não permitiu que o substituto de Vettel, Carlos Sainz, experimentasse uma Ferrari, ou que Vettel dirigisse um Racing Point.

“Se você permite Fernando, basicamente tem que permitir todos”, disse Vettel.

“Portanto, acho que a governança deve tomar uma decisão justa – o que, neste caso, não acho que eles tenham feito, porque caso contrário Carlos, e alguns outros e eu talvez, teríamos a oportunidade de testar.

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