F1 – Verstappen rejeita rótulo de favorito

Max Verstappen

Apesar da clara vantagem que a Red Bull mostrou nesta curta pré-temporada no Bahrain, o piloto holandês se mantem cauteloso e rejeita o rótulo favorito.

“Não acho que somos os favoritos”, disse o piloto de 23 anos, apontando para o fato de que a Mercedes conquistou os últimos sete títulos de pilotos e construtores e tem Hamilton indo para um recorde de oito títulos na F1.

“Eu acho que ainda é o mesmo de antes de virmos para os testes”, disse Verstappen.

Apesar de sua cautela compreensível, os três dias de testes no Bahrain aumentaram as esperanças de uma batalha muito mais próxima este ano.

A Mercedes foi a equipe que completou menos voltas entre todas, depois de um problema na caixa de câmbio de Bottas na sexta-feira, e reconheceu que tinha muito trabalho a fazer e pouco tempo entre agora e a abertura da temporada no Bahrain em 28 de março.

A Aston Martin, que usa a mesma caixa de câmbio da Mercedes também teve o mesmíssimo problema com Vettel, ou seja, cambio travado sem possibilidade de mudança de marchas.

A McLaren e a Williams, que apesar de usarem a UP Mercedes, fabricam o próprio cambio, não tiveram problemas.

Hamilton rodou duas vezes em dois dias, enquanto seu companheiro de equipe Valtteri Bottas, apesar de ser o mais rápido no sábado, descreveu a traseira como “arisca e impiedosa” e disse que o W12 precisa “ficar mais calmo”.

“Eu absolutamente acredito que o carro e a equipe têm potencial para lutar pelo título”, disse o finlandês no domingo, abordando a preocupação com palavras que normalmente não precisariam ser ditas.

“Eu não acho que o pacote esteja lá ainda em termos de desempenho, mas eu não tenho nenhuma dúvida que estará.”

Verstappen foi o mais rápido em dois dos três dias em um carro que parecia estável e confiável. O novo companheiro de equipe Checo Perez, vencedor de corrida na Racing Point no ano passado, também fez muitas voltas.

Lando Norris, da McLaren, cuja equipe trocou ‘suavemente’ os motores da Renault para a Mercedes, sentiu que a Mercedes parecia menos confortável do que o normal.

Ele estava cauteloso, no entanto, de fazer muitos comentários – consciente de que as aparências podem ser enganosas.

Em 2019, a Mercedes ficou meio segundo fora do ritmo da Ferrari nos testes e, em seguida, terminou fazendo dobradinha na corrida de abertura em Melbourne.

“Eu não quero ser o cara que diz que uma equipe está indo mal ou bem e então eles apenas provam que eu estou errado e me fazem parecer bobo”, disse Norris.

O piloto da Williams George Russell, que tem um contrato de longo prazo com a Mercedes e substituiu Hamilton no Bahrain no ano passado, quando seu compatriota testou positivo para o COVID-19, também foi cético.

“Eles são a Mercedes. Eles vão ficar bem”, disse ele. “Estou muito confiante disso.”