F1 – Veja o GP de Monaco do ponto de vista do pneu

O GP de Mônaco que será disputado no domingo, dia 27 de maio, terá como um dos principais fatores da corrida a estreia do pneu mais macio da Pirelli, o P Zero Vermelho (supermacio). O outro composto escolhido para o fim de semana é o P Zero Amarelo (macio).
 
Em Mônaco, a prova é tradicionalmente disputada em circuito de rua, onde os carros dependem quase que exclusivamente da aderência mecânica. Desta forma, torna-se o território ideal para o composto supermacio, que possui tempo de aquecimento rápido e é capaz de gerar níveis muito elevados de tração e de força nas curvas. Isto é particularmente importante durante a qualificação, pois com poucas oportunidades para ultrapassagens em Mônaco, conseguir o melhor lugar no grid de largada é mais importante do que em qualquer outra etapa do calendário da Fórmula 1.
 
Pelo mesmo motivo, a estratégia de corrida tem um grande impacto nos resultados. Muitas vezes é mais fácil ganhar posições nos boxes por meio de uma estratégia eficaz do que por ultrapassagens na pista. A degradação e desgaste dos pneus é a mais baixa de toda a temporada, fazendo com que a estratégia de apenas uma parada seja uma possibilidade para algumas equipes.
 
Como Mônaco é um circuito de rua, há um alto grau de evolução da pista ao longo do fim de semana de corrida, que tem um dia a mais do que nos outros GPs, pois os treinos livres começam na quinta-feira e o circuito é aberto ao tráfego normal durante grande parte da sexta-feira. Isso consequentemente afeta a quantidade de borracha que é encontrada na superfície para os treinos classificatórios.
 
Para Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli, a estratégia dos pneus será muito importante em Mônaco, onde a ultrapassagem é mais difícil do que em qualquer outro lugar. “Com os carros tão equilibrados até agora, mesmo a menor vantagem ou o menor erro, podem ter um grande impacto sobre o resultado final da corrida, como vimos nas cinco primeiras provas desta temporada”, concluiu.
 
Jenson Button da McLaren diz que em Mônaco será a primeira vez nesta temporada que usará o composto supermacio da Pirelli e que está realmente ansioso por isso. “Obviamente, nós vamos começar o fim de semana usando os compostos macios, mas quando trocarmos para os supermacios, sei que iremos sentir o carro muito diferente. Como sempre, vai ser fascinante descobrir como os pneus irão reagir e se comportar em todo o fim de semana – especialmente em um lugar onde a qualificação será crucial – mas estou realmente ansioso para o desafio”, afirmou.
 

Curiosidades sobre os pneus:

• A superfície da pista é a menos abrasiva do ano e adicionando a baixa velocidade média (incluindo a curva de Harpin que é a mais lenta do calendário, tomada a apenas 47 Km/h), há um nível muito baixo de desgaste dos pneus. Os macios são capazes de durar 50 voltas ou mais, fazendo a estratégia de apenas uma parada ser totalmente realista – apesar de Jenson Button, da McLaren, ter feito uma estratégia de três paradas no ano passado e conquistado o primeiro lugar.
 
• Os limites apertados e sinuosos do circuito, sem área de escape, têm um efeito importante na estratégia de corrida. Com o elevado risco de incidentes que podem trazer o safety car para a pista, as equipes precisam ter flexibilidade suficiente nas suas estratégias para serem capazes de se adaptar à evolução das circunstâncias.
 
• Os freios são muito usados em Mônaco e isto transmite calor para os pneus, que adicionam estresse sobre a estrutura. Ao entrar na curva Sainte Devote, por exemplo, os carros perdem 160 Km/h em apenas 100 metros. Os pneus são também fortemente desafiados no complexo da piscina. Sobem nas zebras a mais de 200 km/h, gerando uma força lateral de 3,65 G.

FH – www.autoracing.com.br