F1 – Veja a descrição de uma volta nas ruas de Mônaco

sábado, 28 de maio de 2011 às 10:19

Veja a descrição de uma volta nas ruas de Monte Carlo, palco da sexta etapa da Formula 1. O autor é o ex-piloto austríaco Alexander Wurz

“Pilotar um carro de F1 em Mônaco é uma experiência louca, porque a pista é muito estreita, mas também é um desafio fantástico. Você tem de decidir tudo nas entradas das curvas, e não há espaço para erro caso não fará a coisa perfeita. Como resultado, você precisa construir seu ritmo, porque tem de aprender o quanto pode deixar o carro escorregar”.

“Uma volta na pista: existe uma aderência surpreendentemente grande na linha de largada, já que esta é uma pista temporária. Depois existe uma aceleração muito curta ate a Sainte Devote, onde o truque é não exagerar nos freios e deixar o carro rolar para dentro, tocando a zebra interna um pouquinho. Você então acelera morro acima, em direção ao Cassino. O carro fica muito leve no topo da colina, na Massanet e, assim, que ele volta ao chão, você começa a frear. Para ser rápido aqui, você não pode desestabilizar o carro, pisando muito forte no freio: você precisa deixá-lo entrar deslizando, o que exige muita confiança”.

“A curva para a direita do Cassino é feita em terceira marcha. Em seguida vem a Mirabeau e a pista reduz gradualmente na área de frenagem, por isso você tem de ser paciente. No começo a frente fica muito leve, então quando ela recupera aderência, você pode pisar fundo. O grampo da Fairmont Hairpin é muito fechado, mas você pode fazê-lo com um giro do volante. À medida que acelera saindo dali, você rapidamente seleciona a segunda marcha, para limitar o giro das rodas, antes de fazer a curva seguinte, para a direita. Ela leva à Portier, da qual é muito importante fazer uma boa saída, porque você carrega essa velocidade pelo túnel”.

“O túnel não é tão desafiador com os motores V8, mas ainda é muito rápido. Os carros estão a cerca de 300 km/h na saída, o que passa uma sensação de muito rápido, e você só freia na chicane do porto, na placa dos 100 metros. A área de frenagem é em descida e ligeiramente ondulada. Por isso, é muito fácil travar uma roda. Em seguida vem a Tabac, para a esquerda, que é uma curva bastante surpreendente. Você pode entrar mais rápido do que acha e a tangência é um guard rail, de forma que sua linha tem de ter precisão de centímetros para garantir que você não vai tocá-lo. Existe muita aderência na saída, por isso você pode entrar muito rápido e esperar que os pneus da frente tenham aderência”.

“Existe uma pequena reta antes da Piscina, que é feita quase de pé embaixo. O carro pula pelas zebras e você sai um pouco de traseira na entrada, o que a torna muito divertida. A próxima chicane é bastante trivial, mas ainda existem muros para bater, se você a fizer errado. Então você entra na Rascasse, que não é tão radical quando no passado, e você tem de ter cuidado de não entrar na última curva rápido demais, porque precisa fazer uma saída limpa, a partir da qual acelera pela reta de chegada”.

Detalhes de acerto para o GP de Mônaco:

Acelerador no máximo: 60%
Desgaste dos freios: médio a alto
Nível de pressão aerodinâmica: alto a 10/10
Compostos dos pneus: macio e supermacio
Desgaste dos pneus: médio
Velocidade média: 160 km/h (100 mph)

EB – www.autoracing.com.br

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