F1 – Veja a descrição de uma volta em Monza

sábado, 10 de setembro de 2011 às 10:16

Confira abaixo a descrição de uma volta completa no histórico traçado italiano de Monza. O autor é o ex-piloto Alexander Wurz

“Em termos de estilo de pilotagem, Monza é uma mistura incrivelmente interessante. Por um lado, você precisa ser muito duro com seu carro, sendo superagressivo nas zebras, mas também tratá-lo com respeito, tendo muito cuidado com o acelerador, por causa da baixa pressão aerodinâmica”.

“A curva 1 é uma questão de frenagem. Não dá para exagerar nos freios, mas isso pode facilmente acontecer, porque a aproximação é muito rápida – 340 km/h (211 mph) – e então você tem de atacar as zebras muito. Você precisa ter certeza de que vai fazer uma saída limpa, porque a longa reta ao redor da Curva Grande se segue, antes que você pise de novo forte no freio, saindo de alta velocidade, para a segunda chicane. A área de frenagem é ondulada e então você tem de atacar as zebras muito agressivamente, o que é divertido”.

“Você está em quarta marcha para as duas de Lesmo, ambas muito escorregadias. A primeira é ligeiramente inclinada a seu favor, de forma que você sai de frente no meio da curva e de traseira na saída. É então muito importante ter um bom ritmo pela segunda de Lesmo, porque é muito fácil atuar demais – ou de menos – no volante, e você precisa ter uma boa saída”.

“Em seguida vem a Ascari, que é uma das melhores curvas da Formula 1. Frear é difícil, porque ela é ondulada e, uma vez que tenha virado, você pula sobre a zebra de dentro. Depois você volta a dar gás, e deve ter como objetivo fazer as próximas pernas para a direita e para a esquerda de pé embaixo. Se elas forem fáceis de fazer com aceleração máxima, seu carro está saindo de frente demais ou tem pressão aerodinâmica excessiva, e se não conseguir fazê-las assim você perde muito tempo, aliviando o acelerador”.

“Você então freia muito tarde na entrada da curva final, a Parabólica. Você pisa no freio a cerca de 60 metros e reduz de sétima para quarta. O carro está sempre muito nervoso na entrada e você tem de dar potência de novo antes da tangência, ponto em que você não sabe onde atingirá a linha branca na saída. É uma situação que exige coragem”.

EB – www.autoracing.com.br

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