F1 – Vandoorne: McLaren fazia tudo por Alonso

Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso

O ex-piloto da McLaren, Stoffel Vandoorne, revelou que seu então companheiro de equipe, Fernando Alonso, estava sempre no controle total da equipe de Woking e “conseguia o que queria”, com o belga começando a nova temporada de Fórmula E em P3 na corrida de abertura de hoje.

O campeão da GP2 de 2015 fez uma temporada na Super Formula antes de substituir um ferido Alonso na McLaren o GP do Bahrain de 2016. Ele superou Jenson Button na outra McLaren ao terminar em P10, fazendo dele o primeiro piloto reserva a marcar pontos em sua estreia desde Sebastian Vettel.

O talento ganhou um lugar para 2017 ao lado de Alonso, mas nunca conseguiu acompanhar o espanhol. Ele competiu em duas temporadas completas e mostrou lampejos de seu inegável talento, mas nunca se igualou ao seu companheiro de equipe espanhol.

Em uma entrevista recente, o piloto de 27 anos refletiu sobre seu tempo na Formula 1, enquanto se preparava para sua segunda temporada na Formula E.

“Eu nunca tive problemas com Alonso, mas ele sempre conseguia o que queria”, revelou ele à agência de notícias belga Sport Voetbalmagazine.

“Sempre havia duas ou três pessoas na McLaren que garantiam que tudo acontecesse da maneira que Alonso queria. A equipe deu a ele todo o seu apoio e poder. Todo piloto se beneficiaria com as peças extras para ter um desempenho melhor do que seu companheiro de equipe”.

Vandoorne nunca venceu Alonso em 2018 em classificações e nas corridas que ambos terminaram, mas o espanhol sempre elogiou Vandoorne e insistiu que o belga era o companheiro de equipe mais rápido que ele já teve. Vandoorne explica o porquê.

“No papel, nunca terminei à frente de Alonso, mas cheguei mais perto de todos os seus companheiros de equipe, mesmo atrás dele. A McLaren nunca me disse diretamente para não ganhar de Fernando, mas eles costumavam me pedir para deixá-lo passar durante as corridas. Isso era frequente”.

Falando sobre a F1 como um todo, Vandoorne claramente não está impressionado com a política sempre presente do esporte, embora ele admita que ainda seja o maior campeonato do automobilismo.

“É um mundo um pouco falso, onde todo mundo se dá bem, mas coloca seus próprios interesses em primeiro lugar”, continuou ele.

“Na Formula E, Le Mans e WEC, você encontra corridas puras. Você realmente vai lá para correr, não para fazer política.”

“A Formula E está logo abaixo dela (da F1 como o maior campeonato). É uma das categorias mais competitivas em que participei. Muitos pilotos têm experiência na F1 e outros têm o pedigree que pode levá-los à F1”.

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