F1 – Todt: “Estas medidas funcionarão para tornar o esporte mais excitante”

Jean Todt

Jean Todt explicou as ferozes discussões atualmente em torno da possível introdução de corridas curtas e do grid invertido na Fórmula 1. O presidente da FIA salienta que na raiz das muitas discussões está uma consideração difícil para a FIA: como tornar o esporte mais excitante sem comprometer os seus valores fundamentais?

Atualmente, parece que haverá pelo menos três provas curtas na próxima temporada em sábados, que determinarão a ordem de largada para o GP no domingo. Todt explica a decisão da FIA a este respeito, referindo-se à questão vital: o domínio da Mercedes confronta a FIA há muito tempo.

“Se conseguirmos encontrar, e estamos tentando fazê-lo, formas inovadoras de criar mais excitação, um melhor espetáculo, faremos. Mas não à custa de prejudicar o esporte”, afirmou ele.

Todt continuou, falando para a Cambridge Union: “Há alguma intenção de introduzir uma super-classificação para dois ou três GPs, começando já neste ano. Estamos felizes por fazer algo, mas não queremos prejudicar o esporte”.

A introdução do limite orçamental também seguiu a mesma consideração por parte do órgão diretivo da Fórmula 1. Todt diz: “Acho que o primeiro grande passo foi decidir implementar um limite de custos, que é uma espécie de mudança de jogo”.

Todt menciona as três grandes equipes pelo nome, e argumenta que a sua redução irá beneficiar a excitação geral na F1: “O limite de custos está afetando principalmente três equipes: Mercedes, Red Bull e Ferrari. As outras sete não são prejudicadas pelo limite de custos, então isso significa que haverá menos discrepâncias entre as equipes pequenas, médias e grandes”.

No entanto, a sua defesa de um melhor espetáculo na Fórmula 1 também tem limites. Por exemplo, o francês não quer ter nada a ver com um arranjo de grid invertido. Sobre isto ele fala: “É completamente artificial… (e) seria completamente contra os interesses do esporte e a natureza do esporte”.