F1 testa aerodinâmica ativa e rodas de 2026 em Abu Dhabi

terça-feira, 9 de dezembro de 2025 às 9:37

Asa dianteira da Mercedes

Durante o teste pós-temporada no circuito de Yas Marina, as equipes da Fórmula 1 têm nove horas para coletar dados sobre os pneus Pirelli de 2026.

Além disso, elas usam carros especialmente adaptados que mantêm o efeito solo, mas ao mesmo tempo rodam com níveis de asa reduzidos – semelhantes aos usados em Monza – e com alturas modificadas para diminuir o downforce.

Além disso, a FIA também autorizou algumas novidades. Entre elas, surge a chance de usar protótipos específicos já na terça-feira. Nesse contexto, um dos pontos mais interessantes aparece na asa dianteira.

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Prévia da F1 sem DRS

Em 2026, o DRS deixará o grid e dará lugar à aerodinâmica ativa. Por isso, os pilotos abrirão tanto a asa traseira quanto a dianteira em todas as retas. Como consequência, a asa dianteira se tornará um componente ativo.

Dessa forma, essa mudança já dá as caras em Abu Dhabi. A Mercedes instalou um sistema de Straight Line Mode no carro pilotado por Andrea Kimi Antonelli. O dispositivo reduz o arrasto da asa dianteira nas retas e oferece uma prévia clara do que virá.

O conjunto da Mercedes ainda parece rudimentar. Ainda assim, a equipe usa um sistema de atuação ligado aos elementos superiores da asa e ao bico por tubos grandes. Mesmo assim, o mecanismo já alterna para uma configuração de baixa carga aerodinâmica nas retas, algo que ganhará refinamento em 2026.

A Ferrari segue um caminho parecido. Inclusive, a Scuderia testou seu próprio protótipo em uma sessão privada e também levou sua solução para Abu Dhabi.

Impacto direto nos pneus

Esses protótipos não ajudam apenas as equipes. Pelo contrário, eles fornecem dados importantes para a Pirelli. A fornecedora compara carros com e sem a aerodinâmica ativa para entender como o novo fluxo de ar afeta os pneus.

Mario Isola detalha esse processo. Segundo ele, a FIA liberou o uso do Straight Line Mode dianteiro sem limite de velocidade. Os carros normalmente não podem ultrapassar cerca de 300 km/h nas retas para não sobrecarregar os pneus. No entanto, o modo ativo permite análises mais amplas.

Além disso, Isola explica que o primeiro teste com a Ferrari rendeu ganhos imediatos. A comparação entre carros com e sem o sistema tornou os outros testes mais representativos e acelerou a evolução dos pneus de 2026.

Equipes experimentam novos aros

Além da asa ativa, algumas equipes avaliam rodas novas. Elas adotam aros que misturam o design atual com soluções que chegarão em 2026.

Isola comenta que várias equipes pediram para testar esses aros, já que o regulamento do próximo ano dará mais liberdade de projeto. Por isso, a FIA autorizou algumas séries de voltas com esse pacote híbrido.

Mesmo assim, os resultados ainda não revelam o cenário completo. O gerenciamento térmico dos pneus depende muito dos freios. E como os de 2026 serão diferentes, as equipes ainda usam os atuais em Abu Dhabi, o que limita a precisão dos dados.

 

LS - www.autoracing.com.br

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