F1 tem plano para melhorar a visibilidade em corridas com chuva

sábado, 26 de novembro de 2022 às 9:20

GP da Bélgica

Em 2021, apenas algumas voltas foram feitas em Spa-Francorchamps durante o fim de semana da F1 na Bélgica. Chovia tanto que não era seguro correr. A F1 elaborou um plano para evitar essa situação no futuro.

A Pirelli fabrica pneus para carros de F1 capazes de descarregar dezenas de litros por segundo em altas velocidades. Isso permite correr em condições de chuva e permite que esses pneus ainda encontrem alguma aderência no asfalto molhado.

A desvantagem, porém, é que esse escoamento empurra muita água para cima e cria os chamados “spray” atrás dos carros, o que pode prejudicar seriamente a visibilidade de quem vem atrás. Na Bélgica em 2021, a corrida não foi disputada por esse motivo.

Com os novos carros de 2022, onde o downforce tem que vir principalmente do chamado “efeito solo” e não das asas, esse spray é ainda pior. Em um esforço para melhorar a visibilidade e reduzir a probabilidade de a corrida não acontecer sob forte chuva, a F1 está desenvolvendo calotas removíveis.

O site The-Race.com relata que Nikolas Tombazis, chefe do departamento técnico da FIA, acha que os protetores de roda estarão prontos antes de 2024 e que podem ser testados já na segunda metade da próxima temporada da F1.

Isso significaria que os ítens já poderiam ser usados ​​em corridas como Bélgica, Japão e Brasil, onde as chances de chuva costumam ser altas. As tampas das rodas serão mais ou menos parecidas com as abas que já estão penduradas nas rodas dianteiras, mas poderão ser colocadas no carro nas quatro rodas e proteger mais.

A questão é que efeito isso terá na aerodinâmica ao longo das rodas e no resfriamento dos pneus; por um lado, o pneu será menos arrefecido pelo vento, por outro, os salpicos de água já não conseguirão sair tão facilmente e realmente arrefecer o pneu. A FIA, portanto, ainda terá que dedicar muito tempo e esforço ao desenvolvimento.

Os primeiros testes já foram feitos, porém, e Tombazis relata que a expectativa é que a visibilidade dos pilotos de trás possa melhorar em até 50% em condições de chuva. As calotas não terão sistema de encaixe rápido, ou seja, só serão utilizadas em situação de bandeira vermelha ou quando já estiver claro de antemão que vai chover continuamente durante a corrida.

EB - www.autoracing.com.br

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